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Bandidos matam jovem, roubam iPhone, trocam senha e somem com dinheiro

Julio Cesar Ramirez

Na madrugada do dia 21 de abril, Julio Cesar Ramirez, assistente social de 25 anos, foi encontrado morto em um táxi, na cidade de Nova York (Estados Unidos). Ele foi a Hell’s Kitchen, lugar em Manhattan conhecido por ter bares e estabelecimentos voltados ao público LGBTQIA+, com um amigo, Carlos Camacho, tendo visitado três locais diferentes por lá.

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Segundo informações da NBC News, por volta das 3h da manhã do dia 21/4, eles se separaram. A vítima perguntou a Camacho se ele já havia voltado para casa. O amigo respondeu que sim e questionou onde Ramirez estava, sem resposta. Horas depois, ele enviou outras mensagens, que apareceram como lidas, mas novamente sem retorno. Nesse momento, o assistente social já havia falecido, embora Camacho ainda não soubesse.

Outra pessoa que notou algo estranho antes de o jovem morrer foi Shiva Campbell, amiga de Ramirez. Eles se conheciam desde que eram calouros na universidade e, sendo próximos, usavam o recurso do iPhone de compartilhar a localização entre si há anos. Às 3h46 do dia do ocorrido, ela recebeu uma notificação afirmando que ele havia parado de compartilhar sua posição. Junto ao fato de ele ter parado de respondê-la, isso fez com que ela ficasse alarmada quanto à possibilidade de algo haver acontecido.

E, de fato, aconteceu: câmeras de segurança do bar onde estava o jovem de 25 anos mostram que ele entrou em um táxi com mais três homens desconhecidos às 3h17. Cerca de 5km à frente, quando já eram 4h10, o taxista foi a um policial, relatando que Ramirez estava sozinho e havia perdido os sentidos. Às 4h49, sua morte foi constatada, tendo como causa uma possível overdose por drogas, embora a polícia tenha dito que uma necessária investigação mais detalhada sobre o que causou o falecimento demoraria algumas semanas.

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Ele inicialmente foi documentado como sem identificação e só conseguiu ser encontrado após ligações de amigos para hospitais da área. O irmão mais velho da vítima, Carlos Ramirez, afirmou que soube do acontecimento pela sua namorada e pelo seu pai, apenas no dia 22/4. Depois do choque inicial, ele acessou o notebook de Julio Cesar e descobriu que a senha do ID Apple dele havia sido trocada, bem como que US$20.000 foram roubados pelo Apple Pay e pelo aplicativo Zelle. Essa informação não foi confirmada pela polícia.

Carlos suspeita que o falecido irmão foi drogado e roubado, tendo morrido em decorrência do que teria recebido talvez sem perceber e contra a própria vontade. O caso gera revolta por estar longe de ser isolado e pelo fato de pessoas de grupos minoritários, como era Ramirez (homossexual e latino), serem mais visadas. Também se questiona se a polícia está dando a importância necessária à investigação, para que o ocorrido seja satisfatoriamente elucidado, bem como que se encontrem os criminosos.

Amigos de Julio Cesar Ramirez estão movimentando as redes sociais visando a fazer com que seu caso fique o mais conhecido possível, de modo a cobrar respostas das autoridades e promover justiça. Também está sendo organizada uma arrecadação para a construção de um memorial para a vítima, além de diversas campanhas online que divulgam o crime ocorrido, como o post no Instagram de uma amiga do jovem.

“Nós ainda não sabemos o que aconteceu com Julio. Na quarta-feira, dia 20, ele foi com amigos a Hell’s Kitchen e nunca retornou ao apartamento do amigo. Às 3h46 da manhã da quinta-feira, 21 de abril, a localização compartilhada do seu telefone misteriosamente desapareceu. Ele esteve desaparecido por mais de 24 horas.”

E fica sempre o questionamento: como esses bandidos estão conseguindo acessar serviços financeiros sem — aparentemente — ter a senha dos serviços? Teriam eles obtido as senhas antes da morte de Ramirez?

dica do Felipe Calvi, via Gay Times

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