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Contra a maré, Apple diminui aquisição de empresas menores

Foto de energepic.com no Pexels
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Diferentemente do que já fez no passado, a Apple vem, desde 2021, diminuindo o número de aquisições de empresas menores. Em contraste, a concorrência, como a Microsoft e o Google, fizeram grandes transações em tempos recentes, enquanto a Maçã manteve-se cautelosa.

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No último ano fiscal (2021), a companhia gastou US$33 milhões (quase R$170 milhões) incorporando outras empresas. Neste ano, até agora, foram gastos US$169 milhões (aproximadamente R$865 milhões) para esse fim — apesar de ser um valor bem maior do que o período anterior, ainda é muito menos do que em 2019, por exemplo, quando US$624 milhões (R$3,19 bilhões) foram destinados a essa finalidade.

Em outros anos, o valor foi ainda maior: em 2014, chegou a incríveis US$3,8 bilhões (R$19,4 bilhões), quando houve a aquisição da Beats, que sozinha contribuiu com US$3 bilhões do total no referido ano. A Apple, porém, não tem tradição de fazer grandes compras como essa, focando mais em empresas menores e sem tanto destaque.

Como apontou a Bloomberg, a gigante de Cupertino costumava adquirir uma empresa a cada três ou quatro semanas. Nos últimos seis anos, foram compradas mais de 100, uma média de mais de uma por mês. Várias funções bastante importantes dos produtos da Maçã, como o Face ID e a Siri, tiveram origem nessas aquisições.

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A entrada de Adrian Perica no cargo de vice-presidente de desenvolvimento corporativo, em 2019, aumentou as expectativas de investidores com relação a grandes compras de empresas. No mesmo ano, ocorreu a aquisição da divisão de modems da Intel pelo valor de US$1 bilhão (~R$5,1 bilhões), a segunda maior da história, atrás apenas da da Beats. Depois disso, porém, outras grandes compras não aconteceram.

As últimas aquisições de maior publicidade foram a da startup Credit Kudos (importante para o Apple Pay Later e serviços de crédito), além do serviço de inteligência artificial aplicada à música AI Music. No ano passado, o serviço de streaming de música clássica Primephonic também passou a fazer parte da Apple.

As razões para essa baixa parecem estar concentradas na crescente regulação, vinda especialmente de órgãos do governo dos Estados Unidos, país natal da Apple. Em um relatório anual do ano passado, a companhia afirmou ter “falhado em obter aprovações regulatórias em tempo hábil ou de maneira geral, ou com a imposição de condições onerosas”.

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Outras empresas também estão passando por questões parecidas. A Federal Trade Commission (Comissão Federal de Comércio), órgão regulatório americano, já interrompeu aquisições da Meta e da NVIDIA em tempos recentes. A FTC afirmou que empresas como as citadas e Apple vinham utilizando brechas na lei para realizar essas aquisições sem notificar os reguladores.

A Apple se recusou a comentar as acusações, mas em entrevista por telefone à Bloomberg, o CEO1Chief executive officer, ou diretor executivo. da empresa da companhia, Tim Cook, disse que não iria detalhar uma lista de possíveis aquisições, mas que estaria sempre de olho.

Ele também já disse que a compra de empresas é feita visando a novos talentos que possam somar e não apenas “aumentar a receita”. Em um vídeo, Cook explicou por que a Apple não compra empresas grandes, bem como, em uma conferência, afirmou que a Maçã seria mais “deliberativa” nos gastos do futuro próximo.

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Não é novidade que a empresa está buscando diminuir custos. Com o contexto de crise econômica mundial, que impacta especialmente o mercado de bens de consumo e, por conseguinte, de tecnologia, rumores apontam para menos contratações por parte da empresa no próximo ano — quem dirá, portanto, grandes aquisições de empresas.

Vamos acompanhando!

Notas de rodapé

  • 1
    Chief executive officer, ou diretor executivo. da empresa

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