Na sua mais recente rodada de previsões, o analista Ming-Chi Kuo disse que a Apple estaria planejando substituir as tradicionais lentes de plástico em sensores e câmeras mais baratas pelas chamadas “metalens” — lentes planas que usam nanoestruturas para focar na luz. Essa tecnologia, segundo ele, ajudaria a empresa a cortar custos e diminuir a espessura dos componentes em seus dispositivos.
Ainda segundo o analista, a intenção da Maçã é iniciar a produção em massa dessas lentes em 2024 para usá-las como uma proteção para os sensores do Face ID no iPad Pro. Caso tudo corra como planejado, a empresa também deverá levar essas lentes para os iPhones em 2025 ou 2026, embora esta segunda opção seja a mais provável.
O maior objetivo da empresa com o desenvolvimento das “metalens”, no entanto, seria usá-las no “Apple Glass”, os supostos (e aguardadíssimos) óculos de realidade aumentada. Embora rumores do início do ano indiquem que a Apple teria “adiado indefinidamente” o lançamento do produto, de acordo com Kuo, é possível que a sua produção em massa se inicie entre 2026 e 2027 “no mínimo” — ou seja, um pouco mais tarde do que o previsto por Jeff Pu.
Para o analista, a previsão é de que as “metalens” passem a se tornar algo mais comum no mercado entre os anos de 2028 e 2030. Dispositivos como o “Apple Glass” e headsets de realidade virtual estão entre as principais aplicações para a tecnologia.
No entanto, os investidores devem estar cientes de que, nos próximos anos, as metalens substituirão gradualmente as lentes de plástico existentes em aplicações de detecção 3D.
Por fim, a TSMC e a VisEra são apontadas por Kuo como as principais fornecedoras de “metalens” para a Apple, sendo que a segunda é hoje a principal beneficiária. A Goertek, por sua vez, é atualmente a principal fabricante desse tipo de componente no mundo e, segundo Kuo, poderá se beneficiar bastante do investimento da Maçã nesse tipo de tecnologia.
Aguardemos, portanto.