O que fazer com as notícias e rumores que a nós chegaram nestas semanas? Chips tridimensionais da Intel! Mac OS X rodando em processadores ARM [1, 2, 3]! Jean-Louis Gassée ruminou um pouco dessas informações e chegou ao que parece ser uma encruzilhada tecnológica: ao mesmo tempo em que a tecnologia Tri-Gate parece ser o que fará a Chipzilla se tornar relevante no segmento móvel, os tais chips 3D só vão provar que são mais que um truque de press release quando estiverem instalados em máquinas de verdade, produzindo muito e consumindo pouco.
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Mas imaginemos por um instante que processadores Tri-Gate não são esse Santo Graal da computação móvel: será que a Apple fragmentaria o Mac OS X entre chips x86 e ARM, da mesma forma que a Microsoft pretende fazer com o Windows? Levando em conta o poder máximo alcançado pela arquitetura empregada no A5, seria difícil cobrir campos de altíssima performance, então somente um sistema operacional de vida dupla poderia sustentar MacBooks Air e Macs Pro.
Voltando aos dramas da Intel no segmento móvel, “agora que o mercado de PCs está em seu crepúsculo” (palavras do próprio Gassée), como a Chipzilla poderia participar do pululante mercado de gadgets móveis? Talvez fosse mais vantajoso não remar mais contra a maré e adotar logo arquiteturas ARM, livrando a Apple de vez de uma relação abusiva com a Samsung. A própria Intel fabricaria os chips para equipar iGadgets, resolvendo assim sua ausência nesse segmento — e quem sabe preparando a cama para quando o leão resolvesse se deitar. Aí voltamos aos motivos pelos quais a Apple não entregaria o Mac OS X aos braços da ARM.
O melhor a se fazer, afinal de contas, é esperar pra ver o que vai acontecer. Falta menos de um mês para conhecermos o futuro dos softwares da Apple e cerca de um ano para chips Tri-Gate tomarem forma — nem é tanto tempo assim.
[via MacRumors]
