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Grupo contesta petição que deu origem aos protestos contra as atuais condições de trabalho na China

Protesto pacífico na Apple Store, Grand Central

O grupo Change.org foi um dos que ganhou bastante popularidade cobrando novas medidas da Apple a fim de combater as atuais condições de trabalho, na China. Através de uma petição criada por Mark Shields — a qual contava com mais de 255.000 assinaturas —, o grupo buscava cobrar novas medidas da Apple a respeito do assunto [12].

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Protesto pacífico na Apple Store, Grand Central

Agora, uma nova petição foi criada para que a primeira seja retratada. Hã, o que? Isso mesmo que você leu: como a petição original foi baseada em uma reportagem do The New York Times, que por sua fez foi fundamentada nas falsas declarações de Mike Daisey, ela é mentirosa.

Abaixo, o comunicado do grupo:

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A petição original é baseada no testemunho de Mike Daisey, o qual se mostrou primordialmente fabricado e fantasioso. O poder e a eficácia do Change.org é diminuído quando petições baseadas em mentiras são permitidas.

Uma vez que a petição original foi uma reação à presença de Mike no This American Life, esta petição é uma resposta à retratação do This American Life à exibição original.

A Apple já está fazendo mais pelos direitos dos trabalhadores na China do que qualquer outra empresa do setor tecnológico que lida com fornecedores chineses, e eles estão agindo responsavelmente antes mesmo de alguém tomar conhecimento.

Meus dois pitacos: 1. apesar da retratação, muita coisa realmente precisa ser melhorada a respeito das condições de trabalho na China — a própria reportagem da ABC, autorizada pela Apple, mostra isso; 2. não é com um monte de petições que o problema será resolvido.

Em uma nota relacionada, Mike Daisey finalmente reconheceu seu erro:

[…] Quando eu disse no palco que tinha pessoalmente experimentado coisas que na verdade não foram verdadeiras, eu não honrei o contrato que tinha estabelecido com meu público durante os muitos anos e os muitos espetáculos. Ao fazer isso, eu não só violei a confiança deles, como eu fiz uma arte pior.

Este não é o lugar para eu tentar explicar minhas boas intenções. Todos nós sabemos aonde uma estrada pavimentada com boas intenções termina. Na verdade, eu acho que isso pode levar exatamente para onde eu estou sentado agora.

[…] Eu gostaria de pedir desculpas aos meus colegas do teatro, especialmente aqueles que trabalham em não-ficções e documentários de campo. O que vocês fazem é essencial para o nosso discurso cívico. Se eu fiz o seu caminho mais difícil, ou dificultei que a verdade do seu trabalho chegue ao seu público, eu me desculpo.

Gostaria também de pedir desculpas aos jornalistas os quais eu dei entrevistas exagerando as minhas próprias experiências. No meu esforço para contar essa história e de ser ouvido, eu perdi o meu chão. Coisas saíram que simplesmente não eram verdadeiras saíram da minha boca e, ao longo do tempo, eu não conseguia perceber a diferença.

Para defensores dos direitos humanos e aqueles que estão fazendo o trabalho duro de chamar a atenção para estes tipos de questões trabalhistas ao longo dos anos, se minhas falhas fizeram seus trabalhos mais difíceis, eu peço desculpas. Se eu tivesse feito o meu trabalho corretamente, com as minhas habilidades aprimoradas durante anos, eu poderia ter evitado isso. Em vez disso, eu me ceguei, e perdi de vista as pessoas as quais eu mais queria ajudar.[…]

Antes tarde do que nunca.

[via CNET News, The Loop]

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