Veja só que situação: em 2005, uma empresa chamada MumboJumbo lançou um jogo chamado LUXOR, nada mais do que uma imitação/cópia/inspiração de outro, chamado Puzz Loop (da Mitchell Corporation, lançado originalmente em 1998). Em março deste ano, outra companhia, a Codeminion, colocou na App Store um game chamado StoneLoops! of Jurassica, também bastante parecido.
Na semana passada, depois de meses, a MumboJumbo entrou em contato com a Apple alegando infração de copyright e uso indevido do seu código-fonte. Sem investigar a fundo o caso, a Apple prontamente retirou o StoneLoops! of Jurassica da sua loja.
Deixando os detalhes do caso de lado, é nisso que dá ter tanto controle sobre a plataforma. Quando a Apple se propõe a ditar o que entra e o que não entra na App Store, filtra aplicativos por conteúdo e qualidade de desenvolvimento, analisa cada funcionalidade dos títulos enviados para lá e até impede que terceiros desenvolvam softwares que “dupliquem funcionalidades nativas do seu sistema”, ela também está sujeita a ficar de intermediária em situações como essa.
Em um mundo normal, desenvolvedores independentes poderiam lançar, 10, 20 ou 30 jogos parecidos com o Puzz Loop ou com o LUXOR, e, se alguma dessas empresas achasse que tinha o direito de lutar contra suas invenções, elas entrariam em contato umas com as outras, diretamente, ou levariam o caso para a justiça, sem envolver mais ninguém.
A Apple está se colocando, assim, como juíza de disputas que claramente merecem uma avaliação mais profunda e apurada, bem como prejudicando consumidores que por n motivos poderiam preferir um app a outro, mesmo que ambos se proponham a uma mesma coisa. Cheira mal, muito mal…
[via App Advice]