Apesar de algumas semelhanças, o velhinho ai do lado não é o Carl Fredricksen do filme Up, da Pixar. Ele é o Martin Cooper, um ex-engenheiro da Motorola, considerado o pai do telefone celular.
Cooper, que hoje tem mais de 80 anos, continua com o gás de sempre: atualmente, é CEO da ArrayComm, empresa que ele co-fundou para atender o desenvolvimento de sistemas de processamento de sinais de múltiplas antenas, uma tecnologia hoje conhecida como MIMO (ou “antenas inteligentes”).
Durante uma visita recente à Espanha, ele concedeu uma entrevista ao jornal espanhol El País, na qual declarou nunca ter utilizado um iPhone:
Eu nunca toquei em um iPhone, mas esta guerra entre o Android, Symbian e Apple parece ser mais democrática. Trará mais inovação.
É melhor do que um sistema único para todos. Isso seria como uma ditadura. A escolha dos usuários faz com que se promova a inovação.
O comentário, evidentemente, surpreendeu a todos que esperavam um contato prévio do inventor do celular com o smartphone mais badalado do momento. Entretanto, Cooper é um daqueles que tem a preferência pela filosofia da simplicidade. Até seu aparelho atual mostra isso, contando apenas com uma tela, números para discagem e nada mais.
Cooper acredita, ainda, que o futuro trará aos smartphones algumas funcionalidades voltadas para a monitoração de aspectos relativos à saúde do corpo, enviando-os automaticamente para os serviços responsáveis. “Será possível prever um ataque de diabetes ou conhecer hábitos que possam nos causar danos,” prevê. Veja um vídeo sobre isso no nosso Mac é Pop do último domingo.
[Dica do José Algusto, obrigado!]