Já sabemos que o segundo trimestre fiscal de 2021 da Apple superou as expectativas em muitos sentidos, trazendo US$89,6 bilhões em receita e US$23,6 bilhões em lucro líquido — ambos acima das previsões do mercado financeiro. Mas essas não são as únicas métricas nas quais a Maçã atingiu números extremamente positivos: a margem bruta também vai muito bem, obrigado.
De acordo com a CNBC, a margem bruta da Maçã no último trimestre fiscal ficou em 42,5%, a maior em nove anos. A última vez que a taxa superou esse valor foi em 2012, quando a Apple tinha menos da metade do tamanho que tem hoje — desde então, o número ficou sempre entre 37% e 39%.
A margem bruta, para quem não entende de economiquês, representa a divisão entre o lucro bruto e a receita líquida da empresa. Trata-se de um número que indica a rentabilidade de uma companhia — e está intimamente ligado, claro, ao sucesso financeiro da empresa e à margem de lucro aplicada nos seus produtos e/ou serviços.
Falando de segmentos específicos da Maçã, aqui temos mais um exemplo de como o setor de Serviços está voando: a categoria registrou uma margem bruta de 70% no último trimestre fiscal — no mesmo período do ano anterior, eram 65%, e 64% no segundo trimestre fiscal de 2019. Já a margem bruta relacionada a vendas de hardware subiu para 36% — 6 pontos percentuais extras na comparação ano a ano.
Parte desses saltos, claro, devem-se ao aumento de preços em produtos importantes da empresa — os iPhones 12, por exemplo, custam mais do que seus antecessores. Já no caso dos Macs, o chip M1 — mesmo com toda sua avançadíssima tecnologia embarcada — certamente aumentou a margem de lucro dos computadores, uma vez que a Apple não mais precisa adquirir processadores e licenciar tecnologias da Intel.
No geral, o cenário parece ser muito bom para Cupertino e seus acionistas. Resta saber, agora, se a maré continuará alta nos próximos trimestres — a própria Apple já avisou de um possível problema relacionado à escassez mundial de chips, por exemplo. Acompanhemos.
via AppleInsider