O melhor pedaço da Maçã.

Japan Display poderá vender fábrica de telas de smartphones para a Apple

Divisão de chips de radiofrequência da Broadcom também poderia estar sendo considerada pela Maçã
3D Touch no iPhone XR

Não é novidade para ninguém que a Japan Display (JDI) vai mal das pernas. A fabricante de telas para smartphones, que tem a Apple como uma das suas maiores clientes, entrou com um (fracassado) pedido de recuperação financeira no início do ano, e só sobreviveu por conta de um investimento multimilionário feito pela Maçã. As coisas, entretanto, continuam mal — e agora, a japonesa pode estar considerando vender parte das suas operações justamente para a Apple.

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De acordo com o Nikkei, a JDI estaria mantendo conversas com a Apple e a Sharp para vender uma das suas principais fábricas, na cidade de Hakusan (Japão), por cerca de US$820 milhões. A Sharp confirmou a oferta, afirmando que está considerando a possibilidade; a Maçã, por outro lado, não comentou o caso.

Caso a venda seja concretizada, a JDI planeja usar o dinheiro como parte do plano de resgate das operações da companhia. A fabricante ainda deve mais de US$800 milhões à Apple, já que a gigante de Cupertino pagou a maior parte da construção de uma fábrica da japonesa em 2015. Originalmente, o acordo era que a Maçã fosse paga com a venda de painéis LCD da JDI, mas a coisa ficou mais complicada por conta da redução na demanda desse tipo de peça.

A JDI, agora, está direcionando esforços para a produção dos seus primeiros painéis OLED. Rumores afirmam que a japonesa começará produzindo telas do tipo para o Apple Watch, mas, segundo fontes, os componentes só começarão a ser fabricados num ritmo apropriado daqui a dois anos — obviamente, um prazo muito longo para uma companhia à beira do abismo.

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Mesmo que não compre a fábrica, a Apple tem todo interesse em manter a JDI viva — afinal, a Maçã tem como prática de negócios diversificar ao máximo seus fornecedores de todos os tipos de componentes, e a morte de uma das suas principais parceiras no ramo dos painéis não seria boa notícia. Se a JDI conseguirá escapar dessa barra, entretanto, teremos de aguardar para ver.

Broadcom

A fábrica de telas da Japan Display pode não ser a única aquisição da Apple no futuro próximo, entretanto. Segundo o Wall Street Journal, a Maçã estaria considerando também a compra da divisão de chips de radiofrequência da Broadcom — componentes importantes na composição de qualquer smartphone, responsáveis por filtrar frequências de rádio indesejadas e clarear sinais.

Logo da Broadcom

Segundo a reportagem, a divisão gerou US$2,2 bilhões em receita para a Broadcom no último ano fiscal; em conversas com o Grupo Credit Suisse, a empresa teria estimado que poderia lucrar até US$10 bilhões com a venda. Apesar de a Apple não ter sido citada como uma das potenciais compradoras (nenhuma empresa foi), especialistas afirmam que a Maçã seria a compradora mais “natural” da operação — ela é, afinal, a maior cliente da Broadcom na área, contribuindo com cerca de 25% da receita geral da empresa em 2018.

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Ao contrário da JDI, a Broadcom não está passando por dificuldades financeiras: a venda da divisão dos chips de radiofrequência seria parte de uma reorganização corporativa da empresa. Numa conferência recente com diretores e investidores, o CEO Hock Tan afirmou que a operação não tinha relações com as demais divisões da companhia, tornando sua venda pouco prejudicial — e altamente lucrativa — para a Broadcom.

A Apple, como de costume, não comentou o caso — mas nós, também como de costume, ficaremos ligados.

via AppleInsider, Cult of Mac

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