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Jimmy Iovine conta por que deixou o Apple Music

Ele fala, ainda, sobre as (futuras) mazelas da indústria de streaming
Brian Guido/The New York Times
Jimmy Iovine

No começo de 2018, alguns boatos sugeriram que um dos “cofundadores” do Apple Music1Afinal o serviço é fruto da aquisição da Beats, do qual ele foi é cofundador., Jimmy Iovine, estaria deixando o serviço; o empresário, porém, negou veementemente qualquer alegação do tipo — até entendermos que ele estava, de fato, se afastando da burocracia corporativa.

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Um entrevista publicada nesta semana pelo New York Times, no entanto, confirma os primeiros rumores sobre Iovine, provando que o executivo estava tentando “acobertar” a real situação. Quando perguntado sobre o porquê de ter deixado o Apple Music apenas três anos depois do seu lançamento, o empresário contou que as necessidades da plataforma estão fora da sua “área de atuação”.

Quando eu entrei para a Apple, aquilo [o streaming de músicas] era um novo tipo de problema criativo para mim. Como fazemos disso o futuro do negócio da música? Como fazemos para que não seja comum? Isso saiu da minha área de atuação. Alguém mais terá que fazer isso.

De fato, o futuro dos serviços de streaming, como um todo, é uma incógnita para Iovine. Nesse sentido, o empresário afirma que esse nicho de mercado “tem um problema no horizonte” que se cruza com a indústria fonográfica: o fato de apenas “reproduzirem” conteúdos.

Não é escalável. Na Netflix, quanto mais assinantes você tiver, menor será o seu custo. No streaming de música, os custos acompanham você, são todos iguais. Veja o que está acontecendo no [streaming] de vídeo. A Disney não tem nada além de produções originais. A Netflix tem toneladas de coisas originais. Mas os serviços de streaming de música são todos iguais, e isso é um problema.

O executivo reconhece a (e dá crédito à) tentativa do Spotify de investir em conteúdos de podcast, porém ele ainda não consegue ver como isso funcionará a longo prazo.

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Aposentado, Iovine ajuda a administrar o XQ Institute, uma iniciativa educacional promovida pela ex-esposa do cofundador da Apple, Laurene Powell Jobs. Enquanto se dedica a projetos aos quais possui afinidade, o empresário continua consultando e oferecendo orientações para empresas no ramo da música, incluindo o Apple Music e a Interscope Records, da qual é cofundador.

A entrevista completa com Iovine pode ser lida no jornal novaiorquino (obviamente, em inglês). Além dos “problemas” da indústria de streaming, o empresário explana sobre a aquisição da Beats pela Apple, em 2014, além de comentar a qualidade (e as mazelas) da indústria fonográfica atualmente.

via The Loop

Notas de rodapé

  • 1
    Afinal o serviço é fruto da aquisição da Beats, do qual ele foi é cofundador.

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