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Executivos da Apple falam sobre M1 e Mac sensível ao toque em entrevista

Aparentemente, até os engenheiros da Apple se surpreenderam com o poder do chip
Chip M1 em placa lógica de Mac

É batata: basta um novo produto da Apple ser anunciado que os principais executivos vão ao veículo de imprensa mais próximo para dar uma longa entrevista sobre as novidades, a visão da empresa em relação àquele lançamento e tudo o mais.

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Isso torna-se bem mais importante quando o assunto é o chip M1 — afinal de contas, estamos falando do maior passo dado pelos Macs em 15 anos e o vislumbre de um futuro glorioso para os computadores da Maçã.

E não deu outra: recentemente, o The Independent sentou-se com três das principais figuras por trás do desenvolvimento do novo chip da Maçã: Craig Federighi (vice-presidente sênior de engenharia de software), Greg Joswiak (vice-presidente sênior de marketing global) e John Ternus (vice-residente de engenharia de hardware da Apple).

Segundo o trio, o desenvolvimento do M1 foi surpreendente: nem sequer os engenheiros da Maçã tinham noção do poder que estavam desenvolvendo durante o processo de criação do chip. Jos afirmou que “não conseguiu acreditar” quando segurou um dos Macs equipados com o novo processador pela primeira vez, enquanto Federighi classificou o resultado como além de todas as imaginações da equipe.

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De acordo com Ternus, a coisa toda foi se desenvolvendo de uma forma muito orgânica:

Isso [o desenvolvimento] foi criando força dentro das equipes e elas foram ficando tão apaixonadas e animadas com o projeto que tudo o que eles queriam era continuar forçando, continuar otimizando: “Quão melhor nós podemos deixar isso?”

Federighi também confirmou aquilo que já tinha sido explicado por nós no comparativo publicado ontem: o fator de diferenciação entre o MacBook Pro e o Air, agora que ambos têm exatamente o mesmo processador, é a capacidade térmica. Como o Pro tem um sistema de ventilação ativo, ele é capaz de atingir performances superiores — mas Federighi não determinou quão superiores, que é a pergunta que não quer calar.

O trio também tranquilizou quaisquer dúvidas que consumidores possam ter sobre a compra de Macs com Intel no momento. Segundo Federighi:

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São Macs, rodam macOS. O Big Sur é um ótimo lançamento para todos os Macs. Os sistemas operacionais usam os mesmos instaladores, rodam os mesmos apps e continuarão sendo grande parte do nosso foco por muitos anos. […] Nós fizemos isso antes. Nós vimos outros tentarem fazê-lo nesse meio tempo, sem muito sucesso. Mas nós, creio eu, realmente aperfeiçoamos essas transições — nós sabemos exatamente como lidar com as ferramentas para tornar tudo mais fácil para os desenvolvedores.

Ao ser questionado sobre o motivo de a Apple ter mantido os computadores idênticos externamente mesmo com uma transição tão importante, Ternus afirmou o seguinte:

Eu acredito que esses computadores passam uma mensagem do tipo: “Veja tudo o que é possível com o M1 e as nossas tecnologias.” Eu os vejo como uma bela fundação para esse processo, que está só começando com o M1. E, sabe, nós não costumamos mudar um design só pela mudança em si: nós temos uma ótima plataforma, um ótimo processador, e podemos juntar os dois em algo realmente espetacular. Foi essa a lógica por trás de tudo.

Foi levantado, então, o elefante na sala: com a nova interface do macOS Big Sur, a transição para os chips próprios e o suporte a aplicativos do iOS/iPadOS, devemos esperar um Mac com tela sensível ao toque? Segundo Federighi, não:

Eu vou lhe dizer que, quando apresentamos o Big Sur e começaram a aparecer esses artigos dizendo: “Olha, a Apple está se preparando para o toque.” Eu pensei: “Por que?” Nós projetamos e evoluímos o visual do macOS de uma maneira que fosse confortável e natural, em nenhum momento, sequer remotamente, pensamos em telas sensíveis ao toque. […] Eu nunca me senti tão confortável me movendo entre nossa família de dispositivos, entre o iOS 14, o iPadOS 14 e o macOS Big Sur. Todos parecem fazer parte de uma família, há menos carga cognitiva para fazer a mudança. Tudo parece ser a adaptação natural da experiência para aquele dispositivo. É por isso que o que você está vendo não é o sinal de uma futura mudança nos métodos de interação.

Faz sentido, não é mesmo?

via 9to5Mac

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