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Mirando lei da UE, Setapp prepara loja alternativa de apps para iOS em 2024

Loja de apps alternativa da Setapp para iOS

Apesar de nenhum anúncio oficial ter sido feito durante a WWDC23 ou em outro momento até agora, a Apple deverá ter de permitir, a partir de 2024 — e apenas na Europa —, a instalação de aplicativos por meio de fontes externas à App Store, procedimento conhecido como sideloading. Aprovada no ano passado pelo Parlamento Europeu, a Lei dos Mercados Digitais obriga que essa prática seja permitida nos países que são membros da União Europeia.

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Mesmo que ainda não se tenha uma posição oficial por parte da Maçã, o Setapp já está se adiantando quanto à futura permissão. O serviço de assinatura de apps anunciou hoje que lançará, no ano que vem, a sua própria loja de apps para iOS na Europa. A empresa, que já conta com apps para macOS e web, disponibilizou inclusive uma lista de espera para os usuários interessados.

Vemos esse desenvolvimento como um primeiro passo animador e estamos ávidos por participar. Ficaríamos animados com um maior relaxamento das restrições pela Apple em todo o mundo no futuro. Como uma resposta ao principal pedido dos nossos usuários desde o primeiro dia, a loja de apps mobile do Setapp oferecerá aos usuários uma forma mais conveniente de descobrir e usar uma maior variedade de apps em um lugar em seus iPhones e iPads, bem como de tornar mais fácil para os desenvolvedores alcançar uma audiência mais ampla e de mostrar os seus apps para iOS aos usuários.

Mykola Savin, líder de produto do Setapp.

A loja de apps mobile da empresa “oferecerá uma coleção de apps mobile diversos”, incluindo categorias que vão de ferramentas de produtividade a apps de estilo de vida. Neste momento, mais de 30 desenvolvedoras de apps já confirmaram que disponibilizarão apps para iOS por meio da nova loja, o que inclui soluções como Ulysses, Taskheat, NotePlan, PDFSearch e Soulver.

Além disso, o Setapp já está aberto para que outros desenvolvedores de apps para iOS apresentem suas criações para integrar a loja de apps mobile e o serviço de assinatura da empresa. Segundo o CEO1Chief executive officer, ou diretor executivo. da companhia, 60% dos criadores de apps estão interessados em um loja alternativa, também anunciando a loja como vitrine e meio de distribuição para os softwares.

Outro ponto importante — origem da discussão sobre a permissão ao sideloading — é o modelo de negócios da empresa. Ao contrário da Apple, que cobra uma comissão de 15% a 30% por todas as transações feitas usando o sistema da App Store, o Setapp retém apenas 10% do valor, enquanto os outros 20% podem ser destinados a parceiros que trazem usuários ou aos próprios desenvolvedores, que recebem, então, entre 70% e 90% do valor.

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Já oferecendo apps para macOS e web, a empresa funciona a partir do pagamento mensal de uma assinatura. São US$10 mensais para se ter acesso a mais de 240 apps para macOS, US$12,50 mensais no plano que inclui o macOS e o iOS, ou US$15 mensais para ter acesso aos apps em vários dispositivos. Esse valor é distribuído a partir dos apps que cada usuário usa; não se sabe os valores a serem fixados para apps na loja para iOS.

Vale lembrar que, se a Apple realmente passar a permitir o sideloading na Europa em razão da lei — e da multa de até 20% da receita global prevista em caso de descumprimento —, certamente será a contragosto. A empresa chegou a até mesmo pedir que o Senado dos Estados Unidos derrubasse um projeto de lei destinado a obrigar a permissão da prática no país. Para que houvesse tal obrigação no Brasil, claro, seria necessária uma lei similar, algo inexistente até o momento.

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Notas de rodapé

  • 1
    Chief executive officer, ou diretor executivo.

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