Juntamente ao anúncio do iOS 15, que deverá chegar entre setembro e outubro, a Apple apresentou também os planos do iCloud+ e, dentre os recursos dessa nova modalidade de armazenamento na nuvem, está o Private Relay.
Como já sabemos, ao ativar essa funcionalidade, ninguém poderá rastrear sua atividade de navegação — nem seu provedor de internet, nem qualquer pessoa ou serviço que estiver intermediando seu dispositivo e o servidor a que você requisitar informações.
Contudo, diversos anunciantes ainda não sabem ao certo como, de fato, a implementação do Private Relay impactará seus negócios — as informações são do Digiday.
Alguns veem o recurso como um mero obstáculo que será facilmente superado, enquanto outros o encaram como o fim do fingerprinting — prática que combina dados do usuário e do dispositivo para criar um identificador único (e, assim, direcionar anúncios com maior precisão e simplicidade).
Isso, portanto, poderá iniciar (mais) um imbróglio entre a Apple, as empresas de tecnologia de publicidade (que utilizam fingerprinting) e os aplicativos que as integram, disse Aaron McKee, diretor de tecnologia da Blis, companhia de publicidade móvel.
“A Apple precisa ter cuidado ao usar sua posição no mercado de uma forma que possa ser interpretada como anticompetitiva ou ditatorial demais”, afirmou Nii Ahene, diretor de estratégia da agência digital Tinuiti.
Apesar das críticas, acredita-se que o Private Relay seja apenas o começo das iniciativas de privacidade que podem atrapalhar ainda mais a identificação de dispositivos e usuários na internet. Ainda assim, esse não é um recurso perfeito e, claro, será certamente aperfeiçoado.
Quem vai ganhar essa disputa, ninguém sabe. Contudo, a privacidade dos dispositivos Apple é um dos fatores decisivos na hora da compra — e é por isso que ela tanto o promove. Fato é: a Maçã está inteiramente determinada a aplicar essas novas regras e não vai abandoná-las tão cedo.
via AppleInsider