O melhor pedaço da Maçã.

Apple quer registrar imagem de maçã genérica na Suíça

Shutterstock.com
Maçã branca

A essa altura do campeonato, não é segredo para ninguém que, quando o assunto é proteger a sua marca, a Apple costuma ser um tanto radical e, às vezes, exagerada. Em 2020, por exemplo, a gigante de Cupertino tentou impedir um aplicativo de receitas de continuar usando um logo com o formato de uma pera — o qual, segundo a empresa, lembrava demais a sua clássica maçã mordida.

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Pois bem, de acordo com uma nova reportagem da WIRED UK, a Apple está passando por mais um imbróglio bastante parecido. Desta vez, desde 2017, a empresa está tentando registrar na Suíça uma imagem preta e branca de uma maçã do tipo Granny Smith, que nada mais é do que a maçã verde tradicional.

Essa investida da empresa, entretanto, despertou a preocupação da Fruit Union Suisse — organização que representa os produtores de maçã da Suíça e que possui mais de 100 anos. De acordo Jimmy Mariethoz, diretor da organização, caso a Apple consiga os direitos sobre uma imagem tão genérica como essa, várias empresas e fazendeiros poderão ser afetados.

Temos dificuldade em entender isso, porque não é como se eles estivessem tentando proteger sua maçã mordida. O objetivo deles aqui é realmente possuir os direitos de uma maçã real, o que, para nós, é algo que é realmente quase universal… que deve ser livre para todos usarem.

A Fruit Union Suisse, por exemplo, usa há décadas um logo que traz uma maçã vermelha com uma cruz branca no meio, o qual lembra bastante a própria bandeira da Suíça. Caso a Apple tenha sucesso em sua empreitada, é possível que a organização tenha que alterar drasticamente a sua marca que, inclusive, passou por alguns ajustes em 2011 — ano do seu centenário.

O Instituto Propriedade Intelectual da Suíça (IPI, na sigla original), vale notar, chegou a conceder o direito de uso da imagem em questão para a Apple em 2022, mas apenas em alguns casos. De acordo com o órgão, imagens genéricas de bens comuns, como frutas, devem ser de domínio público. Mesmo assim, a Apple decidiu apelar da decisão.

Estamos preocupados que qualquer representação visual de uma maçã — portanto, qualquer coisa que seja audiovisual ou ligada a novas tecnologias ou à mídia — possa ser potencialmente impactada. Teoricamente, poderíamos estar entrando em território escorregadio toda vez que anunciamos com uma maçã.

Segundo a Organização Mundial de Propriedade Intelectual, a Apple entrou com pedidos parecidos em uma série de países nos últimos anos, tendo sucesso em alguns deles, como Japão, Turquia, Israel e Armênia. Além disso, de acordo com uma investigação da organização sem fins lucrativos Tech Transparency Project, conduzida entre 2019 e 2021, a Apple abriu mais processos para “proteger” sua marca do que Google, Microsoft, Meta e Amazon combinadas.

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Vamos ver até onde essa novela vai…

via iMore

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