De todas as grandes desenvolvedoras de browsers, a Mozilla era a única que não tinha se manifestado perante as antigas discussões sobre o Flash Player: a Microsoft disse que apoiaria padrões da internet no seu navegador para Windows (e assim está evoluindo a sua próxima versão), enquanto a Opera também adotou uma opinião similar à da Apple. Apesar de estar contribuindo com o Google para um método mais seguro e funcional de executá-los em navegadores, um executivo da desenvolvedora do Firefox afirmou ao The Register que a sua versão móvel também não dará espaço para código nativo, apoiando o padrão HTML5.
Atualmente, o Firefox for Mobile apenas funciona em smartphones baseados na plataforma Maemo (cujo principal representante no mercado é o Nokia N900), mas ele também irá para o Android ainda neste ano. A Mozilla não abandonará o Flash Player nos seus produtos permanentemente, mas também fará de tudo para que os usuários não sejam afetados por problemas comuns que podem acontecer devido à execução de código nativo. “Estamos tentando balancear a realidade da internet de hoje”, disse Jay Sullivan, chefe da empresa para produtos móveis. “[No desktop], o Flash estará lá. Nossos usuários irão usá-lo, e ele vai travar”, afirmou.
Há alguns dias, a Mozilla incluiu proteção contra travamentos de plugins na última atualização do Firefox, como uma primeira iniciativa para limitar a execução deles em seu browser para Windows e Linux. Embora tal funcionalidade ainda não esteja disponível no Mac OS X, ela deverá aparecer em breve ou, quem sabe, um dia, nem ser mais necessária. “Com o tempo, nós realmente acreditamos que HTML5 será o futuro”, disse Sullivan.