A China tem sido noticiário ultimamente devido às condições desumanas nas fábricas da Foxconn por lá instaladas e também por produzir versões “xing-ling” (falsificadas) de produtos da Apple. Agora o país voltou a ser manchete [Google Tradutor], porém desta vez devido ao fato de que o governo chinês iniciou recentemente o julgamento de contrabandistas de iPads e iPhones.
O total de pessoas julgadas chega a 25, todas acusadas de contrabandear 162.000 iPhones e um número não declarado de iPads de Hong Kong, onde tais dispositivos são bem mais em conta do que na China continental. Lá, onde o iPhone e o iPad começaram a ser vendidos oficialmente, os impostos são altos, e a consequência disto é o repasse desses valores para o consumidor final, o que tem levado à prática do contrabando [soa familiar?]. O curioso é que metade dos acusados são descritos como “donas de casa”.
Os produtos estavam sendo vendidos principalmente em sites chineses como o Taobao Marketplace, uma subsidiária de vendas online do Alibaba Group. Só para se ter uma ideia do volume de negócios envolvidos, chegaram a ser comercializados 20.000 aparelhos da Apple em um único mês. Como os iPhones vendidos em Hong Kong são desbloqueados (unlocked), existe uma demanda muito grande para esse mercado na China.
O interessante é que a China Mobile — a maior operadora de telefonia celular do mundo — não vende iPhones, uma vez que ela ainda não entrou em acordo com a Apple para ser uma revendedora oficial, mas existem muitos usuários que o utilizam na sua rede, provavelmente devido a esquemas como esse que está sendo agora julgado.
Em uma das últimas apreensões realizadas por funcionários da alfandêga chinesa, foram confiscados 22 iPads e 227 iPhones 5, entre outros produtos eletrônicos, avaliados em quase US$130 mil. Como forma de combater o contrabando, o governo chinês obriga os usuários a pagar impostos de importação, mesmo que a pessoa prove que o dispositivo é mesmo para uso pessoal.
[via Electronista]