Até alguns anos atrás, um dos itens de maior valor em investigações policiais eram as carteiras dos suspeitos. Hoje, um smartphone pode guardar muito mais informações valiosas para tal.
Nos Estados Unidos, muito se discute o direito que policiais teriam de verificar os dados de um smartphone — mesmo desbloqueado — sem a autorização de um juiz, visto que muitos enxergam isso como uma clara violação da Quarta Emenda da constituição americana.
No caso de aparelhos com senha, a coisa é ainda mais complicada: muitos policiais teriam obtido com juízes mandatos de acesso a smartphones com espaços em branco, bastando que as autoridades os preencham caso a caso:
Em situações como essas, não restam muitas opções a empresas como Apple e Google se não cumprir com a determinação judicial. No caso do Android, o acesso ao aparelho se dá via login do Gmail, o que significa que a única de forma de conseguir isso é redefinindo a senha (as quais são criptografadas). Já no iOS, a coisa é mais simples pois normalmente só requer um código de quatro dígitos.
Informações de uma suposta fonte na Polícia indicam que a Apple tem colaborado com investigações por mais de três anos. No ano passado, vale lembrar que o armazenamento de localizações aproximadas de usuários de iPhones gerou uma grande polêmica (“Locationgate”) e forçou a Apple a realizar alterações no iOS.
[via CNET News]