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Comunidades de software livre protestam ainda mais contra a Apple, após lançamento do iPad

Quando o Halex fez um breve comentário acerca da opinião dos membros da campanha Defective by Design sobre o iPad, não se esperava que grandes comunidades de software livre fossem demonstrar uma opinião tão negativa acerca do novo produto da Apple. Entretanto, foi exatamente isso que aconteceu: o fato de a empresa ter criado uma nova classe de dispositivos para as pessoas com base em software fechado e DRM atraiu a ira da Free Software Foundation (FSF), que emitiu um comunicado oficial rejeitando o produto no dia do seu lançamento.

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“DRM (Digital Rights Management, ou gerenciamento de direitos digitais) é usado pela Apple para restringir a liberdade dos usuários em uma série de maneiras, incluindo o bloqueio da instalação de software proveniente de qualquer lugar (a não ser da sua própria App Store) e a regulamentação do acesso a filmes baixados da iTunes Store”, diz a FSF. “A Apple alega ainda que contornar essas restrições é uma ofensa criminal, mesmo para os fins permitidos pela lei de direitos autorais”.

A FSF lidera a campanha Defective by Design e protestou ainda mais no dia do evento da Apple, colocando voluntários vestidos como Steve Jobs nas ruas de San Francisco para segurar cartazes semelhantes ao da foto a seguir:

No passado, a FSF não fazia tantas críticas relacionadas ao iPhone OS, mas pelo fato de a Apple tê-lo adotado em um dispositivo que tecnicamente será direcionado ao público como um computador (ou complemento para um), a empresa de Cupertino deverá ser bastante atormentada por grupos defensores de software livre. Embora o sistema tenha base em tecnologias de código aberto, a camada de restrições que a Apple aplica sobre os aplicativos comercializados na App Store será ainda mais criticada, devido ao uso de DRM — mesmo que seja apenas para proteger o código de seus desenvolvedores contra pirataria.

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O mesmo vale para a obtenção de conteúdo na iTunes Store e na nova iBookstore (que usa o padrão aberto ePub para distribuição de ebooks): ambas usam DRM para proteção de conteúdo (mesmo que não seja mais para música), impedindo práticas de compartilhamento de mídia entre usuários. Novamente, é bom lembrar que essas limitações eram comuns na App Store, mas com a criação de um dispositivo que é praticamente um “computador” movido por todas elas, cresce a possibilidade de organizações de software livre fazerem mais protestos contra a Apple.

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O Defective by Design já preparou uma petição online para expandir o protesto contra o iPad entre as comunidades online, alegando que, para lucrar ainda mais, sua fabricante está ameaçando a liberdade das pessoas. “Este é um grande passo para trás na história da computação”, afirmou Holmes Wilson, da FSF.

[via Ars Technica]

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