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Para uma operadora como a China Mobile, tamanho não é documento

Logo da China Mobile

Este artigo Mike Elgan, do Cult of Mac, é bastante curioso em um nível macro: nele, Elgan argumenta que a Apple não deveria ceder a uma exigência da China Mobile de repartir receitas das compras de apps. Por quê? Por vários motivos, sendo o principal deles a ilusão de que o tamanho da maior operadora do mundo pode trazer muitos clientes para a Maçã.

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“Mas são mais de 600 milhões de clientes!”, alguém pode dizer. Verdade, porém esse número é altamente enganoso: nessa operadora estatal, apenas 43 milhões de pessoas usam serviços 3G. Não é um número muito maior que os 30 milhões de clientes da China Unicom, operadora parceira da Maçã, né? Na verdade, só a AT&T já tem mais assinantes de 3G que ela!

Outro problema, esse bem óbvio, é que ceder à pressão de uma operadora em um país (ainda que seja a China, um dos mercados mais promissores do mundo para iProducts) abre um precedente perigoso que pode deixar outras telecoms ao redor do mundo com vontade de brincar. Vale a pena correr esse risco para ter acesso a menos de 50 milhões de clientes? Sim, pois os 600 milhões são uma grande ilusão, sem falar que já há muitos clientes da China Mobile com iPhones, só que limitados a redes Wi-Fi para navegar em alta velocidade.

Complementando essa questão de números grandes e ilusórios, penso que o Brasil esteja numa posição similar à da China Mobile: nosso país é grande, verdade, mas quantos dos nossos quase 200 milhões de habitantes têm bala na agulha para comprar produtos da Apple regularmente? Eu diria 10%, sendo otimista — o que dá um teto de 20 milhões de iPhones, 15 milhões de iPads e 7 milhões de Macs por ano (eu deveria pegar esse chute e vender como se eu fosse um analista).

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