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NSO Group muda de presidente após escândalo em Israel

O ex-presidente Asher Levy afirma que sua saída não está relacionada com os acontecimentos recentes, porém
mundissima / Shutterstock.com
Logo do NSO Group e da Apple

As desventuras do NSO Group, empresa israelense de spywares para iPhones e outros dispositivos eletrônicos usados por governos (e, pelo visto, grupos criminosos também) ao redor do mundo, chegaram ao seu ápice na semana passada, quando uma reportagem do Calcalist revelou o uso do software Pegasus em cidadãos de Israel — algo que, até então, era classificado como “impossível” pela fabricante.

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Pois esta semana chegaram notícias de que o presidente do NSO, Asher Levy, pediu demissão do cargo, de acordo com informações do Haaretz. Segundo o executivo, entretanto, a saída não tem nada a ver com o escândalo recente e a sua partida já estava sendo planejada há meses, conforme o NSO passa por uma mudança de proprietários.

O fato é que, ainda que a saída de Levy do grupo já estivesse sendo planejada, o timing é no mínimo suspeito: após a reportagem da semana passada, uma onda pública de repúdio sobre a empresa foi gerada em Israel. O procurador-geral do país, Avichai Mandelblit, iniciou uma investigação, classificando as descobertas como “de uma severidade difícil de se exagerar”.

Levy foi indicado como presidente do grupo pela Novalpina Capital, que foi dona do NSO Group até meados do ano passado — de lá para cá, a firma de investimentos americana Berkeley Research Group (BRG) adquiriu os ativos da empresa e é sua nova controladora. Segundo o executivo, ele gradualmente diminuiu seu envolvimento diário da companhia ao longo do segundo semestre, e desligou-se de vez do NSO na virada do ano.

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Finbarr O’Connor, diretor-gerente da BRG, já assumiu como novo presidente do grupo. Ele terá que enfrentar algumas pedreiras no cargo, entretanto: o governo dos Estados Unidos proibiu, no fim do ano passado, empresas do país de fazerem negócios com o NSO Group, e a Apple moveu um processo contra o grupo por conta do spyware Pegasus. Agora, com as acusações de espionagem de cidadãos israelenses, é provável que a situação da companhia fique ainda mais precária.

Acompanhemos, portanto.

via The Verge

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