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AirPods originais inclinados

Review: AirPods, o produto mais bacana da Apple nos últimos anos

Lembram do antigo slogan “just works”, da Apple? Tem tempo que ela deixou de brincar com ele, e o motivo para isso é muito simples: no geral seus produtos *não* têm sido lançados totalmente livre de problemas, então ele basicamente não cabe mais.

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Só que, depois de muito tempo, a Apple acaba de colocar um produto no mercado que se encaixa direitinho nisso. E é um produto curioso, pois quem não tem/nunca experimentou um acha que é apenas mais do mesmo. Não é.

AirPods em cima de iPhone 7 jet black

Hoje, falarei dos AirPods.

Vídeo de hands-on

Para quem perdeu, há algumas semanas eu gravei um vídeo no momento em que pus as mãos nos AirPods pela primeira vez e, em pouco minutos, dei-lhes minhas primeiras impressões sobre ele.

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Aqui está:

YouTube video

Para mim, um review completo como este, de verdade, requer uso cotidiano por algumas semanas — e foi o que fiz desde então.

São apenas EarPods sem fio?

Resposta resumida: não, muito além disso.

AirPod sendo colocado para carregar com mãos

É fácil entender por que alguns olham para os AirPods e dão risada, achando que tudo o que Apple fez foi “cortar os fios” ali debaixo da perninha dos EarPods, torná-los cinco vezes mais caros, e vendê-los como “um produto revolucionário”. Ora, passando o olho rapidamente, é bem isso mesmo.

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Mas há muito mais do que isso, ali naquelas pecinhas. E não é balela: o formato dos fones, com essa perninha, pode parecer estranho (nenhum outro fone totalmente sem fio no mercado tem isso) mas a Apple fez um aproveitamento total do espaço interno deles (com bateria, chips, sensores ópticos, alto-falantes e microfones), ele contribui para o balanceamento dos fones na orelha e ainda há o benefício de o microfone inferior ficar “apontado” para a boca.

A combinação de todos os sensores existentes nos AirPods com seu software permite que ele saiba exatamente quando está na sua orelha, interrompendo a reprodução quando uma das peças é retirada temporariamente (isso é muito legal, sério!), e possibilitando que você execute um comando dando dois toques sobre o fone sem que haja nenhum botão ou superfície sensível ao toque nele — graças ao seu acelerômetro e ao seu sensor de luminosidade.

AirPods na caixinha

Eu não sou do tipo que perco facilmente as minhas coisas, mas não é absurdo imaginar que isso pode acontecer com muitos donos de AirPods. Andar sempre com o estojo de carga deles já ajuda muito nesse sentido (você tem um local adequado para guardá-los, em vez de jogá-los no bolso da calça por exemplo), mas, quando isso acontecer, o Find My AirPods (que está chegando no iOS 10.3) poderá ser uma boa salvação.

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Caso você realmente perca uma ou as duas peças, e/ou o estojo de carga, neste artigo nós informamos os preços que a Apple cobra por unidades de reposição (bem como quanto custará para “trocar” a bateria deles — não é isto que acontecerá na prática, conforme nos mostrou a desmontagem da iFixit).

Chip W1

Uma das características técnicas mais fantásticas dos AirPods, a gente nem sequer vê. É o chip W1, criado pela Apple especialmente para a sua nova geração de fones sem fio — incluindo também alguns modelos com a marca Beats.

Esse chip é, basicamente, o que viabilizou a existência dos AirPods como eles são. É ele quem gerencia toda comunicação Bluetooth dos AirPods com seus dispositivos (sejam iPhones, iPads, Apple Watches, Macs, etc.) e também entre as peças esquerda e direita dos fones.

MacBook, iPhone, Apple Watch e AirPods numa mesa branca

O W1 é que também trouxe ao mercado uma “revolução” no processo de emparelhamento Bluetooth: basta abrir o estojo de carga dos AirPods para eles serem automática e instantaneamente identificados pelo seu iPhone e, com apenas 1 (um) único toque, você emparelhá-los. Só isso; nada de abrir configurações de Bluetooth, nada de segurar botão por tantos segundos…

AirPods na caixinha ao lado de iPhone 7 com tela de emparelhamento

Uma vez emparelhado com o seu iPhone, eles já estarão automaticamente emparelhados com todos os seus outros dispositivos logados na mesma conta do iCloud. A exceção quanto à facilidade da nuvem fica na Apple TV de quarta geração, não me perguntem por que. Dá para usar os AirPods na boa com ela (funciona inclusive o gesto de tirar um fone da orelha e a reprodução do vídeo parar automaticamente), mas você precisa fazer o emparelhamento e a conexão manualmente pelos Ajustes do tvOS.

Até mesmo o emparelhamento com dispositivos não-Apple, como um smartphone Android por exemplo, é mais simples/rápido com os AirPods. Você só precisa abrir a tela de Bluetooth e apertar o botão atrás do estojo de carga. E pronto, tudo já funciona a contento e o processo é um só para o par (muitos fones totalmente sem fio ainda requerem um passo extra para você fazer uma peça se comunicar com a outra).

Aparentemente, o próprio alcance do sinal Bluetooth também é aprimorado pelo W1. Já andei pelo meu apartamento todo sem perda de sinal e, na academia, notei também que os AirPods continuam tocando numa distância que outros fones sem fio sempre começavam a falhar/picotar.

O delay da comunicação Bluetooth entre dispositivos e AirPods é mínimo, mas existe. Na verdade eu só percebo ele de verdade quando estou usando os fones com o Mac; é fácil de notar, por exemplo, quando você ajusta o volume pelo teclado e observa o efeito sonoro de retorno. Nada que comprometa o uso deles, porém.

Não cai da orelha mesmo?

Eis o ponto de maior dúvida entre os que querem comprar os AirPods, mas estão com medo de como eles ficarão na orelha. E é natural, pois, assim como os EarPods, a Apple seguiu com seus novos fones sem fio a proposta de “um único design para todos”.

É óbvio que isso não funcionará em 100% dos casos. Aliás, nenhum fone no mercado é perfeito para todas as pessoas do planeta. Mas muitos deles incluem em suas caixas adaptadores/pecinhas de silicone de tamanhos variados que ajudam na adaptação a depender do formato da orelha de cada um.

Com os fones da Apple, não; ou eles ficam bem em você, ou você basicamente deve desistir deles. É claro que, sendo um produto da Maçã, o mercado logo trata de cobrir esses “buracos” e já estão pipocando por aí diversos produtos de terceiros que prometem prender os AirPods nas orelhas de outras formas. Mas aí cabe a cada um decidir se vale o investimento extra, e isso se tais produtos realmente cumprirem sua promessa.

AirPods

A boa notícia é que são poucos, raríssimos os casos de pessoas falando que os AirPods simplesmente não ficam em suas orelhas. Notadamente, lembro do cara que escreveu o review deles para o site The Verge e, aqui entre nós, temos o exemplo do próprio Breno Masi. É evidente que eles não são os únicos, mas é incrível ver gente que dizia inclusive que os EarPods não ficavam de jeito nenhum em suas orelhas, mas os AirPods ficam (caso do Eduardo Marques).

A regrinha é basicamente essa: se você se dava bem com os EarPods, com certeza vai se dar bem com os AirPods. Se não se dava, vale experimentar (existem unidades de demonstração nas lojas da Apple para você testar); você pode se surpreender.

No meu caso, o problema com os EarPods não era caírem da minha orelha — e sim machucá-las. Ou seja, os AirPods realmente não caem de jeito nenhum das minhas. Quanto a machucar, eles não chegam a me incomodar nem de perto o tanto que os EarPods incomodavam, mas depois de mais ou menos uma hora usando os AirPods direto eu já começo a sentir algo nas orelhas; não é uma coisa que me faz querer interromper o uso, mas eu já “percebo” que eles estão ali.

O único momento que me faz “ajustar” os AirPods de vez em quando na orelha é quando estou na academia *muito* suado. Me dá a impressão de que eles vão escorregar e aí fico mexendo de tempos em tempos, mas ainda assim eles nunca caíram.

E se caírem, meus amigos, não há com o que se preocupar: os AirPods são muito, muito resistentes.

Qualidade de som

Como os EarPods me machucavam bastante, eu raramente usava eles. E era uma decepção para mim, pois gosto muito da qualidade de som deles — considerando que estamos falando de earbuds sem isolamento acústico, é claro (tem gente que só curte fones circumaurais, que cobrem toda a orelha, por exemplo).

Neste aspecto, minha dica é não esperar dos AirPods nada além do que os EarPods já oferecem. Se você tiver o ouvido bem afiado, é possível que até note um som um pouco mais claro, com graves mais acentuados, mas a maioria das pessoas simplesmente dirá que os dois são iguais neste quesito.

O que é um feito e tanto da Apple, considerando que estamos comparando fones com fio (com conexão digital, no caso do modelo Lightning de iPhones 7/7 Plus) com fones sem fio.

Ligações

Como todo fone Bluetooth que se preze, os AirPods também servem para você realizar e atender ligações quando estão conectados ao seu iPhone.

Uma coisa muito legal disso, que até me surpreendi enquanto gravava o vídeo de hands-on, é que você ouve a pessoa nas duas peças (como se fosse um som estéreo). Mas, se quiser, pode muito bem tirar uma delas da orelha e continuar falando pela outra — isso de forma automática e instantânea. Nos ajustes dos AirPods é possível definir que ele sempre use o microfone da peça esquerda ou direita, mas sinceramente eu não sei por que alguém faria isso.

Os AirPods captam a sua voz pelo microfone na parte inferior, e eles usam o segundo microfone na parte superior para analisar o som ambiente e aprimorar a qualidade da chamada para quem está lhe ouvindo por meio de redução de ruídos. Os comentários das pessoas com quem eu testei são os melhores possíveis, ninguém nem notava que eu estava falando por fones de ouvido.

pintaram por aí informações de pessoas que estão observando perda de conectividade dos AirPods durante ligações, mas aqui isso nunca aconteceu. E não é à toa: os relatos parecem estar relacionados com iPhones 6s/6s Plus; como estou num iPhone 7 Plus, não tive esse problema.

Ações por toques

Conforme citei acima, os AirPods usam seu acelerômetro embutido, combinado ao sensor de luminosidade ambiente, para permitir que você execute ações dando dois toques com um dedo sobre qualquer uma das duas peças.

Por padrão, eles vêm ajustados para ativar a Siri, mas você pode mudar isso para “Reproduzir/Pausar” ou simplesmente desligar o atalho completamente. No meu vídeo de hands-on eu troquei essa configuração pois raramente uso a Siri, mas depois reverti a mudança pois é muito mais simples/rápido pausar os AirPods simplesmente tirando um deles da orelha. Ou seja, seria meio que um desperdício da função.

O gesto em si, ao menos para mim, funciona maravilhosamente bem. Sempre que eu quis dar dois toques num AirPod para chamar a Siri, isto funcionou de primeira (também funciona para atender/desligar ligações). Mas o grande problema é que… é só isso!

Mulher asiática com AirPods nos ouvidos

Para quem acabou de testar o Dash, da Bragi (falarei mais dele adiante), foi como sair da pipoca do Carnaval de Salvador para o meio do Deserto do Saara. No Dash eram tantos comandos que eu até me perdia, enquanto que nos AirPods a Apple simplificou demais, no outro extremo.

Como os AirPods não possuem um superfície sensível ao toque, como o Dash, realmente há uma limitação grande no que pode ser feito com “gestos” dele. E eu entendo, por exemplo, que não haja um atalho para apenas um toque no fone já que isso resultaria em várias ativações acidentais (bastaria você usar as mãos para ajustar o AirPod na orelha).

Mas daria, facilmente, para a Apple oferecer ações para três ou até quatro toques nos fones, e quem sabe algumas também com você dando toques e deixando o dedo sobre o fone (tipo tocando e segurando). O fato de o dedo cobrir o sensor de luminosidade possivelmente seria suficiente para um “gesto” assim funcionar a contento.

Digo isto porque usar a Siri para avançar/retroceder faixas e, principalmente, aumentar/diminuir o volume é impraticável. Tenho sorte de ser dono de um Apple Watch e poder controlar essas coisas pelo pulso, porque se a pessoa depender de ficar pegando o iPhone toda hora deve ser muito chato.

Bateria

Oficialmente, a Apple promete até 5 horas de reprodução contínua com os AirPods carregados até 100% e até mais 24 horas de bateria armazenada no seu estojo.

As letrinhas miúdas no site da empresa não mentem:

Testes realizados pela Apple em agosto de 2016 usando unidades de pré-produção de AirPods emparelhados com unidades de pré-produção do iPhone 7, ambos com software em versão preliminar. A lista de reprodução compreendia 358 músicas diferentes adquiridas na iTunes Store (codificação AAC de 256Kbps). O volume foi ajustado para 50%. Os testes fizeram a descarga total da bateria dos AirPods, reproduzindo áudio até que a reprodução do primeiro AirPod fosse interrompida. A duração da bateria depende da configuração, do uso do dispositivo e de vários outros fatores.

Eu, como gosto de ouvir música em volume alto, dificilmente chegaria às tais 5 horas. Mas achei a performance deles absurdamente satisfatória no quesito bateria, nunca me deixaram na mão. Já notei, por exemplo, que durante ligações o consumo de bateria é maior (possivelmente por ativar os microfones, o que é óbvio) — nestes casos, a Apple promete até 2 horas.

E a praticidade do estojo de carga é simplesmente sensacional. Ele é muito leve (38 gramas), pequenininho e tirar/colocar os AirPods para recarregar não poderia ser mais simples. As peças — antes que perguntem, cada uma pesa 4 gramas apenas — ficam presas à parte inferior do estojo por ímãs (nem adianta virar de ponta-cabeça e sacudir; eles não caem) e começam a recarregar automaticamente.

Se você por acaso ficar sem bateria nos AirPods, apenas 15 (sim, quinze!) minutos de recarga no estojo são suficientes para prover até 3 horas de reprodução ou 1 hora de conversação. É, basicamente, um sistema de “Quick Charging” num produto Apple — que esperamos que chegue aos próximos iPhones também, por sinal.

Para verificar o estado da bateria dos AirPods e/ou do estojo, basta puxar a Central de Notificações no iPhone/iPad, perguntar à Siri (“Quanta bateria ainda tenho nos AirPods?”), tocar no ícone de bateria no Apple Watch ou, no macOS, ir no ícone de Bluetooth na barra de menus e abrir o sub-menu dos AirPods.

No meu uso dos AirPods, que não é “nem 8, nem 80” (uso basicamente *todos* os dias, mas não por horas a fio), minha experiência tem sido de recarregar o estojo apenas uma vez por semana. Isto, para mim, é demais!

Comparando com o Dash

The Dash (Bragi)

É inevitável, tendo recebido meus AirPods pouco tempo depois de publicar um review completo do Dash (que já citei acima), que eu dedique um capítulo para um comparativo entre eles. Farei isso de forma bem direta/resumida:

  • No que os AirPods batem o Dash: preço (US$159 vs. US$299, nos EUA), portabilidade (principalmente do estojo de carga), bateria (e sua integração com o iOS para mostrar o nível atual das peças e do estojo), facilidade de uso, volume do som, processo de emparelhamento, alcance do Bluetooth e qualidade das ligações.
  • No que o Dash bate os AirPods: design, pecinhas de silicone com tamanhos variados, inúmeros(as) gestos/ações, isolamento acústico com modo “Transparência” opcional, sensores para monitoramento de atividades (algo que não me fez falta, pessoalmente, por eu já ter o Apple Watch para isto), armazenamento interno para músicas (embora não funcione com faixas protegidas por DRM, como as do Apple Music), app dedicado para controle de funções e mata a pau por ser à prova d’água.
  • No que ambos são equiparados: conforto no uso, liberdade de serem fones totalmente sem fio e qualidade de áudio.

Cada pessoa precisa pôr essas características na balança a fim de determinar qual dos dois (ou se algum outro concorrente) é o mais adequado para seu uso. Pessoalmente, a única coisa que sentirei realmente falta no Dash é poder usá-lo quando estou nadando.

Devo comprar?

Esta é uma pergunta que eu costumo tentar responder com bastante cautela em meus reviews, mas neste farei diferente.

AirPods soltos

Primeiramente, é “fácil” descartar um possível investimento nos AirPods: se você não quer/pode gastar tanto em fones de ouvido, se você experimentou os AirPods eles caem facilmente das suas orelhas e/ou se você já tem um fone sem fio concorrente que lhe satisfaça.

De resto, meus amigos, minha recomendação é: SIM, compre. Este é o produto mais bacana da Apple nos últimos anos, funciona maravilhosamente bem, cumpre o que promete e usar fones totalmente sem fio é agradável demais da conta. Me sinto no futuro.

Se você acha que sabe o que é usar os AirPods simplesmente navegando pela página do produto no site da Apple ou considerando que eles são “EarPods com os fios cortados”, está redondamente enganado. Esse é um produto realmente mágico, e não estou falando isso afetado pelo Campo de Distorção da Realidade® de nenhuma keynote da Maçã, nem muito menos como alguém que nunca testou outro produto dessa categoria.

Entre o Dash e os AirPods, eu nem hesitaria optar pelo da Apple.

Preço e disponibilidade

Como todos vocês já devem saber, a Apple atrasou bastante a disponibilidade dos AirPods. Eles foram anunciados no começo de setembro do ano passado, na mesma keynote dos iPhones 7/7 Plus, e iriam chegar ao mercado no fim de outubro — porém só aterrissaram em meados de dezembro.

Felizmente, quando lançados, os AirPods já foram disponibilizados de vez em mais de 100 países — incluindo o Brasil. Nos Estados Unidos, eles custam US$159; em terras tupiniquins, o preço oficial é de R$1.399 (mas isto quando parcelado em até 12 vezes; à vista, eles saem por R$1.259,10).

AirPods voando para fora do estojo com iPhones 7 do lado

Disponibilidade, contudo, ainda é um problema mesmo mais de um mês após eles terem sido liberados para compra. É bem difícil achá-los em Apple Stores do mundo todo e, comprando online (tanto lá fora quanto aqui), o prazo atual de entrega é de seis semanas. Muita gente diz que a Apple tem entregue pedidos bem antes disso, mas é bom não criar expectativas à toa porque o prazo oficial é mesmo esse.

A caixinha dos AirPods vem com as duas peças (esquerda e direita), o estojo de carga e um cabo de Lightning para USB.

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