Era uma vez um Kindle: o gadget perfeito para ler ebooks. Sua tela simulava papel, a autonomia de bateria era espantosa e comprar um livro por US$10 era tarefa para alguns cliques. Com ele, o sonho de ter uma biblioteca respeitável nas pontas dos dedos estava realizado! Até que uma sombra vinda de Cupertino projetou-se sobre o pequeno ereader: abençoado pelo Campo de Distorção da Realidade® de Jobs, o iPad chegou prometendo iBooks e muito mais. O Kindle então sentiu medo.
Tal temor não foi injustificado: as editoras que antes dançavam conforme a música tocada pela Amazon se rebelaram violentamente e, como resultado, logo não será mais possível encontrar livros de US$10. Numa tentativa de impedir que o iPad domine o mercado de leitura quando chegar às lojas, a Amazon poderá então recorrer à mais extrema das medidas.
Dar Kindles, segundo relatado pelos bardos do TechCrunch.
Os agraciados serão os fiéis clientes de seu serviço Amazon Prime (por US$80 anuais, estes usuários contam com entregas rápidas livres de frete). A estratégia é interessante, pois tais pessoas se encaixam no perfil de quem compraria muitos livros por mês — e vale lembrar que cada obra agora custará algo entre US$13 e US$15. As chances de recuperar o subsídio inicial ao longo de um ou dois anos é grande.
O conflito, porém, poderá se estender até o Oriente distante. Procurando ameaçar tanto o Kindle quanto o iPad, KW Kim antecipou que, em abril, a LG lançará um concorrente para “competir com Apple e Amazon”. O que será este concorrente? Quais serão suas capacidades e seu preço? Ninguém sabe ainda (nem o Engadget, que relatou tal previsão), então nos resta apenas cobrar esse anúncio quando chegar abril.
Enquanto isso, ficamos na esperança de que toda essa concorrência faça os preços caírem, a qualidade subir e o mercado se encher de possibilidades para quem deseja ler um conto de fadas, uma fábula ou um livro de autoajuda. Só assim os consumidores viverão felizes para sempre.
FIM…?