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Executivos da Apple tiveram resistência a recurso de privacidade

Rastreamento de apps no iOS

Ao longo dos últimos anos, a Apple vem intensificando cada vez mais suas investidas em prol da privacidade dos seus usuários, com a companhia sempre colocando essa questão como um “direito humano fundamental básico” em propagandas e apresentações.

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Essa postura culminou, mais recentemente, com o polêmico recurso Transparência do Rastreamento de Apps (App Tracking Transparency, ou ATT), que deu aos usuários mais controle sobre quais dados pessoais podem ou não ser rastreados por empresas na internet através dos seus dispositivos.

Desde o seu lançamento, a ATT vem causando a ira de anunciantes e empresas amplamente dependentes da receita advinda de propagandas direcionadas. O exemplo mais famoso é, com toda certeza, o da Meta, que já coleciona uma série de ataques ao recurso desde sua implementação.

Uma nova reportagem, publicada hoje pelo The Information, no entanto, mostra que nem mesmo os próprios executivos da Maçã entraram em consenso — pelo menos inicialmente — sobre o quão agressiva a novidade deveria ser.

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De acordo com o veículo, entre os executivos que se opuseram de alguma forma à criação da ferramenta, estavam Eddy Cue (vice-presidente sênior de serviços da empresa) e Phil Schiller (até então, chefão de marketing da companhia). Enquanto a equipe de Cue se mostrou “especialmente sensível” para as consequências de bloquear os identificadores que permitiam o rastreamento, Schiller temia que o menor número de anúncios impactasse diretamente a receita da App Store.

Ainda segundo o texto, a ideia inicial para a ATT era a de que ela bloqueasse, de uma única vez, o rastreamento feito por todos os apps instalados pelos usuários em seus dispositivos. Com a resistência dos executivos, contudo, a ideia precisou ser alterada para algo mais parecido com o que temos hoje, com cada aplicativo recebendo seu próprio toggle que ativa/desativa o bloqueio.

Com a alteração feita, Craig Federighi, vice-presidente sênior de engenharia de software Apple, ordenou que sua equipe começasse a trabalhar na ferramenta na primavera de 2019, com o plano de apresentá-la, pela primeira vez, na WWDC20.

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Um porta-voz da Apple disse ao The Information que todos funcionários da empresa investiram “o mesmo esforço para inovação em privacidade que colocam em todos os projetos de produtos”, o que resultou um “maior poder de escolha” para seus usuários.

via MacRumors

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