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Dois iPhones SE de terceira geração de lado, um em cima do outro

iPhone SE de terceira geração: o que muda do modelo anterior?

São mudanças discretas, mas que podem fazer bastante diferença

Confirmando as expectativas, a Apple apresentou ontem a terceira geração do iPhone SE com uma lista relativamente modesta de novidades — por fora, de fato, será impossível notar alguma diferença em relação ao modelo anterior do smartphone de entrada da Maçã.

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Ainda assim, isso não significa que o novo modelo não tenha mudanças. E é exatamente para isso que estamos aqui: detalharmos exatamente o que mudou — e o que não mudou, também — no novo iPhone SE. Vamos lá?

A15 Bionic

A principal mudança no iPhone SE de terceira geração é o seu processador. Sai o A13 do modelo anterior, e entra no seu lugar o A15 Bionic — sim, o mesmo chip deveras poderoso que equipa os iPhones 13. Ou seja: ao menos em termos de processamento bruto, o novo SE é tão poderoso quanto aparelhos que custam o triplo ou mais.

Ilustração do chip A15 Bionic

Obviamente, teremos de aguardar os benchmarks e os testes no “mundo real” para entendermos o real poder de fogo do novo smartphone de entrada da Maçã. Ainda assim, os prospectos são positivos: no papel, o A15 do novo SE é idêntico ao dos irmãos mais velhos, com CPU1Central processing unit, ou unidade central de processamento. de 6 núcleos (2 de desempenho e 4 de eficiência), GPU2Graphics processing unit, ou unidade de processamento gráfico. de 4 núcleos (apenas os iPhones 13 Pro têm GPUs de 5 núcleos) e Neural Engine de 16 núcleos.

Junte a isso o fato de que, no novo SE, o A15 terá menos pixels e menos câmeras para lidar e temos aqui a receita para uma performance potencialmente impressionante. Resta sabermos a quantidade de RAM3Random access memory, ou memória de acesso aleatório. aplicada no aparelho, não divulgada pela Apple.

5G

O outro grande chamariz do iPhone SE de terceira geração é a chegada do 5G, inédito na linha — e que certamente fará com que muitos usuários do ecossistema da Apple sejam atraídos ao novo aparelho, já que ele agora é a porta de entrada para as redes móveis ultrarrápidas no catálogo da Maçã.

Vale notar, entretanto, que o 5G do novo SE não é igual ao 5G dos iPhones 12 ou 13 (americanos). Temos conexão apenas às redes sub-6GHz (e não mmWave), que são mais lentas, porém mais presentes e estáveis. Além disso, as antenas aqui são do tipo MIMO 2×2, menos potentes — já há alguns anos, os iPhones flagships usam antenas do tipo MIMO 4×4.

Câmera (mudou mesmo?)

Em termos de hardware, as câmeras do novo iPhone SE são quase idênticas às do seu antecessor. Ainda temos aqui uma única lente traseira grande-angular, com sensor de 12MP e abertura ƒ/1.8 — a única diferença física denotada pela Apple é a adição de um sistema de dupla estabilização óptica de imagem, enquanto o anterior era do tipo simples. Na frente, a mesmíssima câmera FaceTime HD de 7MP e abertura ƒ/2.2.

As mudanças reais nas câmeras dos aparelhos estão todas no universo da fotografia computacional — isto é, são fruto das bruxarias trazidas pelo chip A15 Bionic. Como exemplo, o novo iPhone SE passa a dispor da tecnologia Deep Fusion, que deixa as fotos em média luminosidade melhores e mais nítidas, além da quarta geração do HDR Inteligente e do recurso de Estilos Fotográficos.

Estilos Fotográficos do iPhone 13
Estilos Fotográficos no iPhone 13

No campo do vídeo, o A15 permite também que você capture vídeos de câmera lenta com a câmera frontal a 1080p e 120 quadros por segundo. Por outro lado, não temos recursos importantes como o modo Noite, o modo Cinema ou, naturalmente, os Animojis e Memojis (que dependem do Face ID).

Bateria

Eis aqui outro ponto que não tem diferença no papel — ou ao menos não parece ter —, mas que melhorou graças à chegada do A15 Bionic: segundo a Apple, o novo iPhone SE tem uma bateria mais longeva em relação ao seu antecessor, tudo por conta da melhor eficiência energética do novo chip.

Mais precisamente, a Maçã indica que o novo modelo é capaz de durar 15 horas longe da tomada na reprodução de vídeos, contra 13 horas do iPhone SE de segunda geração. No streaming de vídeos, são 10 e 8 horas, respectivamente. Claro que essas promessas terão de ser testadas no mundo real (ainda mais no iPhone SE, um aparelho com histórico de baterias problemáticas), mas ao menos os prospectos são positivos.

Peso

Por fim, aqui está uma diferença que você não esperava… e provavelmente nunca perceberia se não fosse por este parágrafo. O novo iPhone SE pesa 144g, exatamente 4g a menos que o seu antecessor — uma diferença bem pequena, mas ainda assim que vale ser comentada, considerando que todos os materiais e dimensões dos aparelhos são idênticos.

Vidro (de novo, mudou mesmo?)

Assim como seu antecessor, o novo iPhone SE é inteiramente revestido por vidro nas suas superfícies frontal e traseira. Ao contrário do que se poderia imaginar, entretanto, a nova geração não recebeu o Ceramic Shield, mais resistente, dos iPhones 13 — em vez disso, a Apple limitou-se a informar que o novo aparelho tem “o vidro mais resistente num smartphone”.

O que isso significa? Há algo de novo neste vidro? Se há, por que os gênios de marketing da Maçã não inventaram um nome mágico e revolucionário para ele? São muitas dúvidas, e todas serão respondidas quando alguém com um alto grau de desprendimento tacar uma dessas belezinhas no chão. Aguardemos.

Preços

Tivemos a esperança de uma nova geração mais barata do iPhone SE, mas o que aconteceu foi justamente o contrário: nos Estados Unidos, a Apple subiu os valores do novo modelo em US$30 — agora, seu smartphone de entrada parte dos US$430, chegando a US$570 na versão de 256GB.

No Brasil, naturalmente, o aumento também veio a galope: dos R$3.700 iniciais cobrados pela segunda geração, agora o iPhone SE parte de R$4.200, podendo chegar a R$5.700 — desconsiderando, claro, os descontos ocasionalmente oferecidos por varejistas (ou mesmo pela Apple, no pagamento à vista).

O que não mudou

Todo o resto, como era de se imaginar: externamente, o novo iPhone SE é idêntico ao seu antecessor. Ainda temos o mesmo design reciclado do iPhone 8, de 2017 (que, por sua vez, tem variações mínimas em relação ao iPhone 6, de 2014), com tela LCD4Liquid crystal display, ou display de cristal líquido. de 4,7 polegadas, fartas bordas acima e abaixo da tela e um botão de início com Touch ID — não, nada de recorte ou Face ID por aqui.

As opções de armazenamento também permanecem em 64GB, 128GB ou 256GB — vale notar que a versão mais espaçosa do iPhone SE de segunda geração foi descontinuada em setembro de 2021, mas voltou firme e forte no novo modelo.

Também permanecemos sem compatibilidade com acessórios MagSafe, e o certificado de resistência a água e poeira ainda é o mesmo IP67. Bluetooth 5.0, Wi-Fi 6, carregamento rápido a 20W e recarga sem fio a 7,5W também permanecem iguais, bem como o conector Lightning e o suporte a Dual SIM (sendo um nano SIM físico e um eSIM, digital).


E aí, o que acharam do novo iPhone SE? Deixem suas impressões logo abaixo!


Comprar iPhone SE de Apple Preço à vista: a partir de R$3.869,10
Preço parcelado: a partir de R$4.299,00 em até 12x
Cores: meia-noite, estelar ou (PRODUCT)RED
Capacidades: 64GB, 128GB ou 256GB

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Notas de rodapé

  • 1
    Central processing unit, ou unidade central de processamento.
  • 2
    Graphics processing unit, ou unidade de processamento gráfico.
  • 3
    Random access memory, ou memória de acesso aleatório.
  • 4
    Liquid crystal display, ou display de cristal líquido.

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