Após ser descoberto em fase de testes, o plano de assinatura Snapchat+ foi oficialmente lançado, custando US$4 mensais. A função ainda não será disponibilizada no Brasil — apenas Alemanha, Arábia Saudita, Austrália, Canadá, Emirados Árabes Unidos, Estados Unidos, França, Nova Zelândia e Reino Unido terão acesso à novidade inicialmente.
Os assinantes poderão ver quando alguém assistiu mais de uma vez a Stories, contarão com ícones personalizados (na versão escura, com as bandeiras LGBTQIA+ e da Ucrânia), bem como com um indicador de que fazem parte da assinatura. Além disso, esses usuários poderão fixar alguém no topo da lista de mensagens como “Melhor Amigo”, terão acesso a um distintivo chamado de “Sistema Solar” e terão “rastros” mostrados no mapa da rede social ao mudar de local, caso autorizem o compartilhamento da localização.
Além desses recursos, os membros do Snapchat+ também terão acesso antecipado a novidades que cheguem à plataforma, antes dos demais usuários. Não está claro qual será a diferença dessa mecânica em relação às versões beta, porém.
O vice-presidente sênior de produto da empresa, Jacob Andreou, afirmou em entrevista ao The Verge que os anúncios, que não poderão ser desativados mesmo com o Snapchat+, continuarão a ser o centro do modelo de negócios da plataforma por um bom tempo. Ele revelou que a ideia de uma assinatura já existia desde 2016 e disse que categorias de assinaturas que não livram serviços de anúncios monetizam menos, mas são as categorias mais lucrativas.
O lançamento do Snapchat+, como lembramos quando a função foi descoberta ainda em testes, é uma maneira de a rede social compensar a diminuição no faturamento advindo de anúncios, em especial por causa de recursos como a Transparência no Rastreamento de Apps (App Tracking Transparency, ou ATT). Os lucros da empresa vêm caindo, de modo que o valor de suas ações já atingiu patamares menores do que em 2017, quando ela abriu seu capital.
A introdução de planos de assinatura vem se mostrando uma tendência no mercado de redes sociais. Recentemente, o Twitter e o Telegram fizeram o mesmo — e o Discord já oferece uma assinatura chamada Nitro há algum tempo. Todos incluem recursos adicionais, de modo a atrair os usuários. Resta saber se o Snapchat+ atingirá esse objetivo.
via The Verge