Quando pensamos no avanço dos computadores, logo pensamos em gigabytes, gigahertz e outras grandezas. Contudo, nem só desses números vivem as máquinas: eficiência energética é uma coisa muito importante. (Tão importante que foi o que fez o Mac OS X viver uma vida dupla secreta em processadores Intel, há alguns anos.) Um processador Core i5 de 1,7GHz pode parecer um mau negócio, perto de um Core 2 Duo de 2,4GHz, mas há muita coisa que esses números não revelam.
Vide, por exemplo, o MacBook Air: o modelo de 13 polegadas pode ficar até sete horas funcionando longe da tomada. Isso é possível graças à eficiência energética dele — a capacidade de fazer muito consumindo (e desperdiçando) pouco. Um artigo do The Atlantic demonstra o quanto evoluímos nesse quesito ao comentar que, se o ultraportátil da Apple tivesse a mesma eficiência de uma máquina de 20 anos atrás, ele funcionaria por…
Sabe de uma coisa? Estou com vontade de colocar um parágrafo aqui.
Pronto, a bateria acabou. Isso mesmo, o tempo que você levou para ler o parágrafo acima (cerca de 2,5 segundos) é o tanto que a bateria de um MacBook Air duraria, caso ele fosse como um computador de 1991. Seriam necessárias 10.000 baterias para obter as mesmas sete horas — imagine o peso disso na sua mochila! Isso é quase tão espantoso quanto saber que o iPad de hoje foi o supercomputador de ontem.
Trabalhar nesse tipo de avanço energético permite produzir máquinas mais amigáveis ao meio ambiente e menores. Foi isso o que possibilitou criar o iPhone (um computador completo que cabe no bolso) e é isso o que vai nos levar a um futuro em que poderemos fazer mais com menos — justamente o conceito de “eficiência”.
[via The Loop]