O “pega pra capar” entre Apple e Proview continua, lá na China — desta vez mais especificamente em Xangai, um dos principais mercados da Apple no país. Conforme conta a Reuters, advogados de ambas as empresas defenderam suas posições em um tribunal — a Maçã afirmando que comprou os diretos da marca iPad há dez anos da Proview, e esta dizendo que os direitos em questão foram vendidos por uma de suas subsidiárias, sem a autorização da Proview Shenzhen, verdadeira detentora deles.
O que mais chamou a atenção na disputa foram as declarações dos advogados. Veja algumas abaixo, começando pela Proview:
A Apple não tem o direito de vender iPads utilizando este nome.
A firma de Cupertino rebateu:
A Proview não tem produto, não tem mercado, não tem consumidores e não tem fornecedores. Ela não tem nada. A Apple tem ótimas vendas na China. Os fãs fazem filas para comprar os produtos da Apple. O banimento, se executado, prejudicará tanto as vendas da Apple como também o interesse do povo chinês.
Só que o time jurídico da Proview não está nem aí para isso:
Não importa se as pessoas ficarão chateadas se você não puder vender iPads na China. Esse não é o caso. O tribunal deve decidir de acordo com a lei. Você verdadeiramente precisa vender o produto? Você não pode vendê-lo usando um nome diferente?
Quem vai levar? Não sabemos quando o veredito será dado, porém advogados da Proview acreditam que não vai demorar muito para sabermos a resposta do tribunal de Xangai — vale ressaltar que mais de 100(!) jornalistas estão no local, acompanhando a disputa.
Enquanto isso, a Apple aguarda a decisão da apelação daquele primeiro processo que ela perdeu para a Proview — foi ele que gerou essa história de banir o iPad na China [1, 2]. A decisão está marcada para 29 de fevereiro.
Leia mais sobre a confusão entre as duas empresas aqui.
[via Fortune Tech]