O melhor pedaço da Maçã.

A beleza decadente do primeiro iPhone depois de mais de três anos de (MUITO!) uso

iPhone original após três anos de uso

Se você for uma daquelas pessoas que tem um treco quando um arranhão microscópico macula a traseira metálica de um iPod ou quando a página 277 de um livro novo cria uma orelha, PARE agora, olhe pra cima e aperte Cmd+W (se eu disser “não olhe pra baixo!” vai ser pior). Você está pronto pro que vai ver? Tem certeza? Ok, não diga que não foi avisado!

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O iPhone de primeira geração mostrado abaixo não está mais entre nós (ele foi devidamente reciclado e substituído por um modelo atual), mas sua história é de uma longa e produtiva vida de três anos.

iPhone original após três anos de usoiPhone original após três anos de uso

Seu dono, Remy Labesque, compara a beleza decadente deste aparelho de metal com o aspecto barato que uma câmera analógica que imita metal adquire depois de um tempo. Tudo bem, essa câmera continua funcionando perfeitamente até hoje, enquanto a touchscreen do iPhone parou de responder, mas é interessante notar como certos gadgets envelhecem bem, esteticamente falando.

Labesque comenta algo que é bem verdade: quando adquirimos um aparelho novo, ele só permanece desta forma por um intervalo ínfimo de tempo, passando a ter um aspecto usado rapidamente e assim permanecendo por praticamente toda a sua vida. Vale notar que o melhor design é aquele que resiste às intempéries do uso regular, e não aquele que só é belo durante um breve momento após o aparelho sair da caixa.

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Será que Steve Jobs e Jony Ive teriam um ataque cardíaco ao ver o iPhone acima, ou eles sentiriam orgulho por ter feito algo que envelhece quase como um daqueles relógios de bolso? Acredito que um gadget (ou livro, computador, notebook, ou até mesmo uma pessoa) não precisa parar no tempo para continuar sendo bonito. Mesmo com seus arranhões, amassados, suas marcas e seus sinais de desgaste, o que é verdadeiramente belo continua assim mesmo que mostre na superfície sua idade.

Não que proteger seus gadgets, cuidar bem de seus livros ou praticar exercícios não sejam coisas importantes, mas evitar os exageros é fundamental. Tenho certeza de que alguns donos de iPhones só tocam na superfície do gadget uma única vez — na hora de enfiá-lo numa case para sempre antes de cobrir sua tela com um adesivo.

Viver dentro de uma bolha não tem o mesmo sabor: envelhecer com graça pode ser muito melhor e mais digno do que tentar (em vão) permanecer eternamente jovem. #filosofei

[via TUAW]

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