O anúncio da compra do Skype pela Microsoft, hoje de manhã, certamente gerou um grande burburinho por aqui e acolá — afinal, não é todo dia que uma gigante de tecnologia, por maior que seja, investe US$8,5 bilhões na compra de outra. Essa cifra, por sinal, é a maior já paga pela Microsoft em uma aquisição.
Há anos, usuários de Macs e de iPhones/iPods touch [ainda aguardamos pela chegada do Skype para iPad] têm à sua disposição aplicativos modernos e regularmente atualizados, ainda que não totalmente equiparados com outras plataformas. Ficou a dúvida: o que acontecerá, daqui em diante?
De acordo com o CEO da Microsoft, Steve Ballmer, nada mudará nesse aspecto. A companhia pretende continuar o trabalho feito independentemente pela Skype em outras plataformas, incluindo as da Apple. O que faz muito sentido, afinal, boa parte desses US$8,5 bilhões investidos pela Microsoft foram visando à base de usuários da Skype — cortar suporte só culminaria numa diminuição dela, hoje composta por cerca de 170 milhões de pessoas. A gigante de Redmond pretende, sim, expandi-lo — para o Xbox e o Kinect, além de dispositivos com Windows Phone.
Ballmer pode até estar falando a verdade — “manter” não é lá muito difícil, é exatamente o que a Microsoft já faz com o seu Messenger para Mac. Daí a continuar trazendo grandes novidades/inovações e buscar sempre deixar os seus apps equiparados em múltiplas plataformas, são outros 500. Mesmo não sendo um usuário ativo do Skype, torço muito para que a Microsoft não o destrua — deixá-lo nas mãos da equipe responsável pelo Office seria uma boa, afinal, eles têm feito um ótimo trabalho. Mas que dá medo… ah, dá.
Outra curiosidade do anúncio de hoje é que a Microsoft de quebra levou a Qik, adquirida em janeiro pela Skype por alguns milhões de dólares.
[via Computerworld]