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Como a Apple poderia revolucionar o mercado de videogames?

Apple Pippin

Eu ainda me considero um novato no mundo Apple, pois comecei a utilizar iProducts em meados de 2005 (um iPod) e só me converti totalmente em 2007, quando comprei um iPhone e meu primeiro iMac. Mas toda essa “imaturidade” em produtos da Maçã é compensada com muito conhecimento do mercado de jogos.

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Me considero um fanático por games, tendo jogado praticamente todas as plataformas nos últimos 20 anos e lidado com o assunto profissionalmente por quase 10, visto que já escrevi em revistas de jogos e administro um site especializado há cerca de 8 anos.

O mercado de jogos, quando comparado com o de computadores ou até mesmo com o de gadgets, é muito mais lento. As gerações de consoles sempre evoluíram a cada quatro ou cinco anos, e a atual já inicia o seu sexto ano sem sinais de mudança. Temos pontos positivos e negativos desta “lentidão”. Enquanto o “custo” é muito menor, os consoles ficam defasados em relação aos computadores. Além disso todos os consoles, até então, trabalham como uma black box: temos uma caixa fechada para a qual apenas poucos desenvolvedores conseguem produzir jogos.

É exatamente aqui que surge a minha visão de como a Apple poderia entrar no mercado de jogos, concorrendo com Sony, Nintendo e Microsoft — e assim, de certa forma, revolucioná-lo.

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Mas, antes disso, um pouco de história. A Apple já tentou, sem sucesso, entrar neste mercado: foi em 1995, com um console chamado Pippin, produzido pela Maçã em conjunto com a Bandai. Ambas as empresas desejavam entrar no mercado e se uniram para lançar a plataforma, que tinha como principais concorrentes o Sega Saturn, o Sony PlayStation e o Nintendo 64.

Apple Pippin

Os dois grandes problemas enfrentados pelo Pippin foram a pouca quantidade de softwares (jogos) lançados e um preço muito salgado — US$600 na época. Para um PC o preço era muito bom, mas o Pippin era um videogame e por isso era muito caro. Foram menos de 100 mil unidades produzidas e cerca de 40 mil vendidas, até o sistema ser descontinuado.

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De lá pra cá a Apple nunca mais atuou no mercado de jogos, pelo menos não com um verdadeiro console. Mas em 2008, com o lançamento da App Store, muitos desenvolvedores viram uma enorme oportunidade de lucrar com a criação de jogos para iGadgets. Essa história, todos nós já conhecemos: milhares de jogos sendo criados para tal plataforma, pequenos desenvolvedores ficando milionários do dia para a noite e uma grande quantidade de pessoas que nunca haviam jogado agora jogando.

Para você, talvez, um iPhone ou um iPad podem ser considerados um “videogame”. Para mim, porém, eles estão longe disso. O iPhone é um telefone celular (smartphone) e o iPad é uma tablet. E ponto! Não podemos misturar de forma alguma a capacidade que estes gadgets possuem de rodar jogos com a função principal ser a de rodar jogos. Por este motivo ainda considero que a Apple está longe de conseguir um bom espaço no mercado de games, visto que ela não consegue atingir hoje o dono de um PlayStation 3 ou de um Xbox 360 e, se atinge, é apenas em suas horas vagas.

O que falta para a Apple, então? Na minha opinião, nada! Basta ela querer utilizar suas principais ferramentas e tecnologias.

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Vocês já ouviram falar do OnLive? Ele é um set-top box para jogos, um “console” que chegará em breve ao mercado para tentar roubar o espaço das três maiores companhias. Sua principal função? Ser totalmente online. Você liga o OnLive em sua TV e na rede de sua casa e acessa uma enorme biblioteca de jogos on demand — algo muito parecido com o Apple TV, que torna a vida de qualquer amante de filmes ou seriados mais simples.

OnLive

E por que não bolar um Apple TV para jogos, ou seja, um “Apple VG”?

Para mim o OnLive chegará ao mercado fadado à morte, não por ser um console ruim, e sim por não ter um nome forte o suficiente para conseguir concorrer no mercado. Mas a ideia em si é excelente e muito mais barata do que os consoles tradicionais.

E surge aqui a minha visão de como a Apple poderia entrar neste mercado já o revolucionando, fazendo de uma forma consolidada o que as produtoras hoje tocam de maneira superficial.

Oferecer uma grande quantidade de games de qualidade online, que sejam jogados em um console livre de mídias. Abrir o mercado para produtores independentes com kits de desenvolvimento gratuitos e, por fim, distribuir esse console por um preço muito abaixo do mercado. Será que isso é impossível?

A Apple sabe como esse mercado é lucrativo, mas será que ela estaria disposta a ser (de novo) uma fabricante de consoles? Eu acho que a minha sala de estar ficaria mais elegante com um console Apple-like ao lado dos meus atuais.

Qual é a sua opinião? 😉

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