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Aos 21 anos, Steve Jobs foi chamado de brincalhão e já mostrava algumas de suas características

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Bilhete escrito por Mike Rose

“Brincalhão” (“joker”) — foi assim que Mike Rose, dono de uma agência, referiu-se a Steve Jobs em junho de 1976. A história é a seguinte: Jobs e Wozniak estavam prestes a lançar o Apple I e procuravam uma empresa para supervisionar a impressão do manual do computador. Foi aí que Regis McKenna recomendou Rose, e a reunião entre os cofundadores da Apple e o empresário/publicitário aconteceu.

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Após o término do encontro, Rose escreveu um bilhete para seu sócio. Nele, informou que o “brincalhão” iria ligar, e que alguém da McKenna os havia recomendando. Disse também que se tratava de dois jovens que montavam kits em uma garagem e que queriam um catálogo, pagando bem pouco por isso. Rose afirmou que tentou ver o que eles estavam construindo, mas que Jobs não confiou nele.

Bilhete escrito por Mike Rose
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Mais tarde, ele entregou um orçamento que acabou sendo rejeitado por Jobs — o ex-CEO da Maçã achou o preço muito alto. O trabalho foi entregue então a um tipógrafo, que criou um manual com 12 páginas incluindo esquemas e códigos de instruções que precisavam ser digitados pelos usuários para a realização de testes no Apple I.

O bilhete contém ainda o endereço da casa (garagem) onde tudo começou, além do telefone de Jobs. Algumas anotações que parecem ser preços de componentes de computadores — com valor final de US$500 — também estão no bilhete. Contudo, estes podem não ter relação com o Apple I, já que ele foi vendido por US$666,66. Ou, quem sabe, alguém da agência estava tentando adivinhar o preço final do produto para chegar ao orçamento.

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O interessante disso tudo é notar que, já naquela época, com apenas 21 anos, Jobs demonstrava algumas de suas características, como poder de barganha (queria pagar muito barato pelo serviço) e desconfiança (não confiou em Rose).

Leslie Berlin, da Bloomberg, comentou ainda que, hoje, alguém na posição de Rose muito provavelmente não perderia uma chance dessas, caso uma startup de tecnologia o procurasse. Afinal, o histórico de casos de sucesso que nasceram no Vale do Silício não são poucos, e seria no mínimo negligência ignorar isto — quem sabe oferecer um desconto, ou até mesmo receber ações em forma de pagamento não fosse uma boa. 😛

[via MacNN]

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