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Review: iPhone 14 Pro e a sua Ilha Dinâmica

Um novo ano, um novo iPhone.

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Conheço muita gente a favor da ideia de que empresas como a Apple reduzissem o seu ritmo de lançamentos — passando, por exemplo, a só lançar uma nova geração de iPhone a cada dois anos.

Se, por um lado, eu entendo a ideia e concorde que os saltos entre gerações seriam bem mais perceptíveis dessa forma, por outro não dá para negar que a concorrência hoje em dia é feroz demais e quem dorme no ponto rapidamente fica para trás e é esquecida.

Ademais, é comum eu repetir em meus reviews que dificilmente terei um bom motivo para recomendar a troca de um produto pela sua geração imediatamente seguinte, mas que, quando a pessoa pula duas ou três gerações, esse investimento já fica bem mais interessante.

Com o iPhone 14 Pro, este ano, não é nada diferente. Aliás, diferente mesmo é o que aconteceu com a linha não Pro; embora este review não foque nesses modelos, gostaria de começar dando uma pincelada neles.

Os iPhones 14 e 14 Plus

Com os iPhones não Pro, este ano, tivemos duas grandes transições em simultâneo.

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A primeira foi a morte do modelo mini e o retorno do modelo Plus, que pela primeira vez trouxe aos modelos não Pro uma versão com tela de 6,7 polegadas (o penúltimo Plus, o iPhone 8, ainda tinha uma tela de 5,5″). A Apple, pelo visto, não teve o sucesso esperado com as vendas de um iPhone pequeno, então resolveu inverter o jogo.

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A segunda é que, pela primeira vez, os iPhones não Pro (que, ainda assim, fazem parte da linha flagship da Apple) mantiveram o mesmo chip da geração anterior. Quer dizer, quase o mesmo.

Os iPhones 14 e 14 Plus são equipados com a mesma variação do chip A15 Bionic que equipava antes os iPhones 13 Pro e 13 Pro Max. São duas, as diferenças em relação ao A15 dos iPhones 13 e 13 mini: um núcleo a mais de GPU1Graphics processing unit, ou unidade de processamento gráfico. (cinco contra quatro — ou seja, 25% mais poder gráfico) e 2GB a mais de RAM (totalizando 6GB, agora).

Mesmo com essas duas diferenças, para a grande massa a informação é de que os iPhones 14 e 14 Plus mantiveram o mesmo chip da geração anterior. Então, pela primeira vez, nem isso pode ser usado como argumento de troca do aparelho. Acredito, inclusive, que eles terão a mesma longevidade em termos de suporte a futuras atualizações do iOS do que a geração anterior.

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A partir do ano que vem, com os “iPhones 15”, essa situação já deverá ficar normalizada porque ambos ganharão upgrades. Os “iPhones 15 e 15 Plus” passarão pro A16 Bionic, enquanto os “iPhones 15 Pro e 15 Pro Max” deverão ganhar o “A17”.

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Desta forma, sobraram de novidades para os modelos não Pro um sistema de câmeras um pouco aprimorado, a Detecção de Acidentes, o sistema de comunicação via satélite em emergências e uma promessa de baterias melhoradas.

Sendo assim, quem tem um iPhone 12 ou 13 praticamente não tem motivos para adquirir um 14; já quem tem um iPhone 11 ou mais antigo, aí sim o salto fica legal. Já no caso do Plus, o cenário é diferente pois existe agora uma oportunidade para quem sempre quis um iPhone grandão, com bateria de sobra, mas não queria pagar o preço do modelo Pro Max.

A16 Bionic e bateria

Okay, já que tratamos do ponto negativo de os iPhones 14 e 14 Plus não terem ganhado o chip A16 Bionic, o que ele traz de bão?

Para o primeiro chip da Apple fabricado em 4 nanômetros, confesso que eu esperava mais do que recebemos. Não é que seja um chip ruim (afinal, o A15 já é líder na indústria), mas parece que o ritmo de evolução da Maçã nessa seara começou a diminuir.

Temos no A16 os mesmos cinco núcleos de CPU2Central processing unit, ou unidade central de processamento. e seis de GPU, totalizando 16 bilhões de transistores e um Neural Engine de 16 núcleos capaz de realizar até 17 trilhões de operações por segundo.

Os números são impressionantes, mas na prática o que podemos esperar desse novo chip são ganhos de 10-20% em performance no geral. Nada extraordinário e dificilmente algo perceptível no uso diário do aparelho.

Mas a evolução de chips, especialmente mobile, não se resume apenas a performance. Enquanto a Apple trouxe esses relativamente pequenos ganhos, ela conseguiu manter ou até melhorar a autonomia da bateria dos novos iPhones — e, isso sim, é algo sempre muito bem-vindo.

Para o iPhone 14 Pro, a promessa é de até 23 horas de reprodução contínua de vídeo; para o 14 Pro Max, até 29 horas. Comparativamente, as promessas para os iPhones 13 Pro e 13 Pro Max eram de, respectivamente, 22 e 28 horas.

Em minha experiência com o uso do iPhone 14 Pro, nas últimas semanas, realmente comprovo que a bateria está melhor que a do iPhone 13 Pro. Mas isso só depois de eu ter desativado a Tela Sempre Ativa. Vamos falar dela, portanto.

Tela Sempre Ativa

Com anos de atraso em relação a concorrentes no mundo Android, a Apple finalmente trouxe para os iPhones 14 Pro e 14 Pro Max uma Tela Sempre Ativa (Always-On Display).

Para viabilizar isso, esses novos aparelhos incorporaram uma geração aprimorada das telas OLED3Organic light-emitting diode, ou diodo emissor de luz orgânico. LTPO4Low-temperature polycrystalline oxid, ou óxido policristalino de baixa temperatura. com tecnologia ProMotion. Se, nos iPhones 13 Pro e 13 Pro Max, elas tinham taxas de atualização que variavam de 10Hz a 120Hz, agora elas vão de apenas 1Hz a 120Hz.

Isso significa que, quando o iPhone entra em modo de Tela Sempre Ativa, a refresh rate da tela cai para apenas 1Hz (tal como no Apple Watch) — ou seja, as informações apresentadas no display são atualizadas apenas uma vez por segundo, economizando assim bastante bateria.

Por outro lado, bem em estilo Apple de ser, a Tela Sempre Ativa dos iPhones 14 Pro [Max] funciona de uma maneira bem diferente do que vimos até hoje em Androids. Em vez de usar um fundo preto e manter visível apenas a hora e alguns widgets, de forma bastante esmaecida, a Apple optou por deixar o wallpaper colorido à vista e apenas escurecer um pouco o brilho geral da tela.

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Num primeiro momento, enquanto eu assistia à apresentação dos novos iPhones, achei o resultado muito bacana. Mas na prática, no dia a dia, não é bem assim.

Como a tela acaba ficando com um aspecto de “ligada”, eu me via constantemente olhando para ela achando que tinha acabado de chegar uma notificação nova ou coisa do tipo. Além disso, claramente a forma como a Apple optou por implementar o recurso não está compensando a redução de 1Hz na taxa de atualização, porque a minha bateria ter durado muito mais com a Tela Sempre Ativa desligada.

Sim, a tela aí está em modo Sempre Ativo

Vale notar que há, sim, momentos em que o sistema entende que a tela pode ser desligada: quando o iPhone está no bolso ou virado para baixo, quando o modo Foco de Sono é ativado, quando um Apple Watch emparelhado ao iPhone se afasta dele, quando você está com o iPhone conectado via CarPlay, entre outros. Ainda assim, não tem compensado para mim.

Por ora, especialmente devido à bateria, estou com esse recurso (inegavelmente, uma das principais novidades deste ano) desativado por aqui. Espero que, em futuros updates do iOS, a Apple permita que ajustemos melhor a forma como a Tela Sempre Ativa funciona de maneira a resolver essas questões.

Ainda falando sobre a tela, a Apple promete um brilho até duas vezes superior ao da geração anterior — chegando a 2.000 nits sob o sol. Nós testamos isso na prática e não vimos tanta diferença assim em comparação ao iPhone 13 Pro, mas está sim um pouco mais visível do que antes.

Ilha Dinâmica (Dynamic Island)

Fazia muito tempo que eu não via a Apple apresentar algo que não vazou em rumores e que foi tão bem recebido quanto a Ilha Dinâmica.

Durante meses antes do lançamento oficial dos iPhones 14 Pro [Max], já “sabíamos” que o notch dele mudaria para um recorte duplo: um em formato de pílula (oblongo), outro circular. O que ninguém imaginava era que a Apple não só ia preencher o espaço entre eles de preto, por software, como exploraria toda essa área em volta de uma maneira super-útil e criativa.

Se eu posso criticar algo em relação à Dynamic Island, é o nome dela. Porque, de resto, a implementação da coisa toda ficou primorosa e é muito divertido ver isso funcionando na prática.

Basicamente, o que temos na Ilha Dinâmica é uma nova área da interface do iOS que serve não só para nos trazer informações e status rápidos sobre o sistema e seus apps, como até mesmo como uma nova área de multitarefa.

É ali que você vê, agora, quando a sua bateria está acabando, quando se autentica via Face ID, quando os AirPods são conectados, quando o iPhone está desbloqueando o Apple Watch, quando você envia ou recebe algo via AirDrop, quando chega uma ligação/chamada FaceTime, quanto há um timer ativo, quando uma música está sendo reproduzida, quando você está com o Acesso Pessoal ativado, quando está navegando pelo Apple Maps e por aí vai.

A Ilha Dinâmica abriga, portanto, elementos de interface que antes ou tinham que aparecer sobre tudo o que você está fazendo (no centro da tela), ou lhe obrigavam a alternar entre apps. Dá, inclusive, para tocar e segurar sobre a Ilha para expandir controles rápidos de apps, como o player do Música, bem como tocar uma vez para ser levado diretamente ao aplicativo. Há quem diga que o comportamento disso deveria ser invertido, mas por mim está okay assim.

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E, felizmente, a Apple não restringirá o uso da Ilha apenas para apps nativos do iOS. Desenvolvedores já têm à sua disposição APIs5Application programming interfaces, ou interfaces de programação de aplicações. para fazer o uso dessa área à vontade, então a tendência é que ela se torne cada vez mais útil.

Não só isso, mas a Apple já se certificou de tornar compatíveis com a Ilha até mesmo apps que não foram atualizados ainda para ela. É o caso do WhatsApp e do Skype, por exemplo, cujas ligações usam o framework CallKit do iOS e, por isso, já funcionam na Ilha; o mesmo com apps multimídia que fazem uso do Now Playing, como Spotify, Amazon Music, SoundCloud e outros.

Com a iminente chegada do iOS 16.1 e o suporte às Atividades Ao Vivo (Live Activities), a Ilha também poderá ser usada por elas para mostrar placares de jogos esportivos, estado de pedidos delivery, o trajeto do seu Uber e mais.

Sobre o visual da Ilha Dinâmica, em si, pode-se questionar o fato de que ela fica agora um pouco mais para baixo do que antes — já que o notch era colado com a moldura superior do iPhone. Ainda assim, a área do recorte ficou 31% menor, graças principalmente ao sensor de proximidade que a Apple conseguiu esconder sob a tela.

O Face ID, em si, não mudou nada. Na verdade, a maior novidade no Face ID veio no iOS 16 para todos os iPhones a partir da geração 13: suporte a desbloqueio na horizontal. Ah, como isso faz uma boa diferença!

Segurança

Saindo de novidades empolgantes para um recurso que eu espero nunca poder/ter que usar, os iPhones 14 (toda a linha) e também os Apple Watches Series 8 e Ultra agora contam com um novo sistema de Detecção de Acidentes.

Quando o aparelho detecta quando você está dentro de um carro, ele ativa automaticamente esse recurso e, usando vários dos seus sensores internos (microfone, giroscópio, barômetro e um novo acelerômetro capaz de detectar desacelerações de até 256G), sabe se você esteve em uma batida forte. Se sim, inicia um contador de dez segundos que, se não for cancelado pelo usuário, liga automaticamente para serviços de emergência e informa a sua localização exata.

A outra grande novidade é ainda mais específica, a começar pelo fato de que só será disponibilizada inicialmente nos Estados Unidos e no Canadá, a partir de novembro: SOS de Emergência via Satélite.

Com isso, quando você estiver no meio do nada e completamente sem sinal, poderá apontar o seu iPhone para um satélite (literalmente, já que a interface lhe guiará para que aponte na direção certa) e enviar uma mensagem otimizada de socorro. Se quiser, também poderá compartilhar sua localização pelo Buscar (Find My) com amigos usando essa tecnologia.

A Apple diz que os dois primeiros anos do SOS de Emergência via Satélite serão gratuitos. Não sabemos ainda como e quanto ela cobrará por ele após esse período, mas imagino que seja algo cobrado somente *após* ele ser usado — caso contrário, alguém que optou não contratar o serviço poderia ficar sem ajuda em caso de necessidade real. Não me surpreenderia, também, que ele fosse incluído como parte de alguns planos do Apple One.

Câmera frontal

Toda a linha iPhone 14 ganhou, este ano, uma nova câmera frontal. Ela mantém os mesmos 12 megapixels de resolução de antes, mas sua lente tem uma abertura ƒ/1.9 contra ƒ/2.2 da geração anterior — o que permite a entrada de mais luz.

Além disso, pela primeira vez numa câmera frontal de iPhones, essa nova tem foco automático em vez de fixo. Isso tudo, combinado ao novo Photonic Engine, proporciona fotos e vídeos ainda melhores mesmo quanto capturados com a câmera frontal.

As melhorias aqui são sim notáveis, especialmente em baixa luz. E para quem gosta de se filmar para vlogs, por exemplo, essa nova câmera frontal proporciona capturas em 4K (até 60 quadros por segundo) eu diria melhores inclusive que muitas câmeras principais (traseiras) de certos smartphones por aí.

Câmeras traseiras

Pela primeira vez em muitos anos, a câmera principal (grande-angular) do iPhone ganhou um sensor totalmente novo — 65% maior — e com mais resolução. Passamos dos tradicionais 12 para 48 megapixels, e isso traz algumas implicações interessantes.

Na prática, ao tirar fotos no dia a dia, o iPhone 14 Pro [Max] ainda gera imagens de 12MP. Mas ele faz isso por meio de um processo chamado pixel binning, combinando informações de quatro pixels do sensor para gerar um só com mais nitidez e melhor captação de luz.

Se você, ainda assim, quiser capturar imagens com todos os 48MP, é possível fazer isso por meio do Apple ProRAW. Atente-se, porém, que elas são bem pesadinhas. Capturei agora aqui uma mesma imagem dos três jeitos, para vocês terem uma ideia:

  • 12 megapixels convencional: 2MB
  • 12 megapixels em ProRAW: 21MB
  • 48 megapixels em ProRAW: 56MB

Só aí já dá para entender o porquê da escolha padrão da Apple, certo? E, mesmo com o chip A16, essas imagens em 48MP demoram um pouquinho mais para serem capturadas (1-3 segundos) e ficam bastante pesadinhas se você for fazer qualquer tipo de edição nelas. Tenha isso em mente.

Há um outro benefício muito bacana e inteligente desse sensor de 48MP. Com ele, a Apple voltou a oferecer uma opção de zoom 2x que não faz um mero corte digital na imagem, e sim usa a parte central do sensor de 48MP para produzir uma imagem nativa em 12MP. E, devo dizer para vocês, embora a teleobjetiva de 3x seja bem bacana para certos momentos, eu sentia falta do zoom de 2x em vários momentos — especialmente para capturar retratos. Muito bem-vindo, isso!

O que a Apple *não* fez, com esse novo sensor de 48MP, foi habilitar a captura de vídeos em resolução 8K. E ela poderia, porque um frame em 8K tem aproximadamente 33MP. Ao mesmo tempo, trata-se de algo bastante específico/limitado e que ocuparia um espaço tremendo no armazenamento do aparelho. Não vejo a ausência disso como um fator negativo.

Mas, falando em filmagens, temos ótimas novidades. Além das melhorias na qualidade das imagens em si, o modo Cinema agora funciona em resolução 4K (com HDR) e habilitou a opção de 24qps (além de 30qps), algo que fazia mesmo muita falta.

Além disso, graças a um novo sistema de estabilização de imagens, os novos iPhones habilitam um novo modo Ação que basicamente faz parecer que o smartphone está num gimbal. Ele faz um crop na imagem, deixando-a com 2,8K (ou 1080p, se você preferir), mas o resultado é absurdamente bom. O único porém é que, para usá-lo, você precisa estar num ambiente bem iluminado.

Em termos de abertura da lente, a grande-angular passou de ƒ/1.5 para ƒ/1.78 — mas essa abertura menor é compensada pelo sensor maior. Já a ultra-angular passou de ƒ/1.8 para ƒ/2.2, enquanto a teleobjetiva manteve-se em ƒ/2.8. Mesmo assim, a Apple promete performances em baixa luz até 3x melhor com a ultra-angular, até 2x melhor com a grande-angular e até 2x melhor com a teleobjetiva.

Falando em baixa luz, outra coisa que mudou nos iPhones 14 Pro e 14 Pro Max foi o seu flash — alguém ainda lembra dele? De acordo com a Apple, ele está agora 2x mais brilhante e ajusta seus LEDs automaticamente de acordo com a cena ou a lente usada na captura. E sim, aqui mais uma vez as melhorias são notáveis.

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eSIM

Os primeiros iPhones a suportarem o eSIM (chip eletrônico) foram os iPhones XR, XS e XS Max, em 2018. Desde então, usuários têm a opção de usar um chip físico como principal e um eSIM como secundário, ou vice-versa.

A partir dos iPhones 13, a Apple passou a permitir o que chama de Dual eSIM. Com isso, mesmo ainda tendo uma bandeja para chip físico, passou a ser possível ativar dois eSIMs ao mesmo tempo — e você pode ter armazenados digitalmente até oito deles.

Com os iPhones 14, isso não mudou. Mas, nos Estados Unidos, a Apple resolveu já dar um passo adiante a um mundo sem chips físicos e retirou a bandeja dos modelos vendidos por lá. Ou seja, se você tem um iPhone 14 americano, terá que obrigatoriamente usar um eSIM com ele.

Fora dos EUA, os iPhones 14 ainda têm bandeja para o Nano-SIM

Ainda assim, vale notar que todos os iPhones 14 americanos (e os comercializados em todo o mundo) são compatíveis com as redes 4G/5G brasileiras. Então, não importa onde você comprar o seu, poderá usá-lo no Brasil sem problemas — seja com chip físico ou com eSIM.

Design, capacidades e outros

Caso ainda não tenha ficado óbvio, o design dos iPhones deste ano segue o mesmo projeto do ano passado, que segue o mesmo projeto dos iPhones 12. As dimensões mudaram muito pouco, o acabamento no vidro continua igual e as laterais, idem.

Temos, nos modelos 14 Pro e 14 Pro Max, quatro opções de cores: preto espacial (um pouco mais escuro do que o grafite de antes — curti!), dourado, prateado e um novo roxo profundo (cuja cor só se vê claramente em certas luzes e ângulos específicos). Acho bem provável que a Apple introduza uma quinta cor (azul ou verde?) daqui até março/abril do ano que vem.

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Nada mudou em termos de capacidades, também. Os iPhones 14 Pro e 14 Pro Max continuam sendo oferecidos em 128GB, 256GB, 512GB ou até 1TB.

Os novos iPhones mantêm classificação IP68, suportando serem submersos a 6 metros de profundidade por até 30 minutos — mas, vale notar, a Apple continua não cobrindo oficialmente danos causados por contato com líquidos. Me pergunto, inclusive, se a ausência da bandeja de chip nos modelos americanos os tornará ainda mais resistentes, nesse sentido…

E não, nada de USB-C este ano. Todos os iPhones continuam com uma porta Lightning inferior, a velha de guerra — inclusive ainda limitados a 25-30W de potência para recarga com cabo, e a 15W via MagSafe. Uma pena isso não ter melhorado nem um pouquinho, este ano.

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Conclusão

Não há nada nos iPhones 14 Pro e 14 Pro Max que, sozinho, justifique a compra do aparelho. Mas, se você somar as melhorias em tela, a Ilha Dinâmica, os muitos avanços em câmeras e alguns extras aqui e ali, temos aqui uma nova geração que reúne novidades bem dentro do esperado para um upgrade anual.

Não posso, mais uma vez, dizer o mesmo do iPhone 14 normal. Este ano, conforme expliquei no começo deste review, a evolução dele foi digna de ser até menos significativa do que eram as antigas gerações “S” dos iPhones — a menos, claro, que você estivesse esperando muito pela chegada do modelo Plus.

Tamanha foi a dedicação que a Apple colocou na Ilha Dinâmica me dá uma certa impressão de que ela veio para ficar por pelo menos alguns bons anos, e quem sabe poderá ser levada para outras linhas de produtos — como iPads e, quem sabe, até Macs. Ou seja, se o seu sonho é realmente um iPhone com a parte frontal 100% ocupada por uma tela, talvez ainda tenha que esperar alguns aninhos até lá.

Se nada na geração deste ano encheu muito os seus olhos, ou se você não estiver vindo de um iPhone 11 ou mais antigo, sugiro esperar o ano que vem e já pegar um novo iPhone com USB-C — e, quem sabe, com um design renovado.


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Notas de rodapé

  • 1
    Graphics processing unit, ou unidade de processamento gráfico.
  • 2
    Central processing unit, ou unidade central de processamento.
  • 3
    Organic light-emitting diode, ou diodo emissor de luz orgânico.
  • 4
    Low-temperature polycrystalline oxid, ou óxido policristalino de baixa temperatura.
  • 5
    Application programming interfaces, ou interfaces de programação de aplicações.

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