O melhor pedaço da Maçã.
Rob Hampson / Unsplash
Mulher usando iPhone

Spyware Pegasus é encontrado em iPhone de jornalista russa [atualizado]

A premiada jornalista russa Galina Timchenko, que atualmente reside na Europa, teve seu iPhone invadido com o spyware Pegasus, criado pelo israelense NSO Group, de acordo com uma investigação conjunta do Citizen Lab e do Access Now.

Publicidade

O caso aconteceu por volta de 10 de fevereiro, quando Timchenko estava na Alemanha, pouco antes de uma reunião em Berlim com os principais meios de comunicação independentes russos que fazem oposição ao governo de Vladimir Putin, presidente da Rússia.

A notícia levantou questões sobre quem poderia estar por trás do ataque, porém os pesquisadores disseram que não foram capazes de identificar imediatamente a autoria.

A Rússia poderia ser considerada uma candidata, uma vez que Timchenko é cofundadora e diretora-executiva do Meduza, um site de notícias russo independente que tem um histórico de publicação de artigos críticos sobre a guerra na Ucrânia e investigações sobre a elite russa, incluindo pessoas próximas a Putin.

Publicidade

Timchenko disse ao The Washington Post que ela mesma acreditava que a Rússia estava por trás da invasão. Mas as investigações apontaram ser “improvável” que a o país fosse cliente do NSO Group, enfatizando que não tinham visto quaisquer outras indicações de pesquisas de que Moscou pudesse estar por trás do ataque.

O NSO Group, vale notar, não divulga os nomes dos seus clientes. Mas um porta-voz pareceu sugerir que a Rússia não era um deles. Conforme o comunicado:

O NSO só vende as suas tecnologias a aliados dos Estados Unidos e de Israel e investiga sempre alegações credíveis de utilização indevida, tomando medidas imediatas se necessário.

Mais informações sobre o caso estão disponíveis em uma matéria do Meduza que detalha os acontecimentos antes e depois da descoberta do spyware no iPhone da jornalista.

Atualização20/09/2023 às 13:20

Um dia após a publicação do caso relatado na matéria original acima, vários outros jornalistas russos começaram a receber notificações da Apple de que seus iPhones podem ter sido alvo de “ataques patrocinados por Estados”, conforme informações do The New York Times.

Publicidade

Na semana passada, o ex-editor-chefe do meio de comunicação independente russo Current Time, Yevgeny Erlich, publicou no Facebook que havia recebido a notificação da Apple e alertou seus leitores de que suas comunicações anteriores com ele poderiam ter sido violadas. A Novaya Gazeta, um meio de comunicação russo independente, também informou que sua diretora-geral, Maria Epifanova, e o correspondente Evgeniy Pavlov receberam notificações semelhantes da Apple.

Essas notificações, vale notar, foram implementadas pela Apple em novembro de 2021 e são projetadas para informar e auxiliar usuários que podem ter sido alvo de ataques patrocinados pelo governo. Ainda segundo a empresa, tais ataques “aplicam recursos excepcionais para atingir um número muito pequeno de pessoas específicas e seus respectivos dispositivos, o que torna esses ataques muito mais difíceis de evitar e prevenir”.

Ver comentários do post

Compartilhe este artigo
URL compartilhável
Post Ant.

Apple TV+: 4ª temporada de “For All Mankind” estreará em 10/11; veja teaser

Próx. Post

Mozilla lança correções para brechas zero-day no Firefox e no Thunderbird

Posts Relacionados