Para aqueles que não sabem, John Sculley foi CEO da Apple entre 1983 e 1993. Em 1985, ele passou à frente da companhia, quando o quadro de diretores decidiu afastar Steve Jobs do comando.
Hoje, ele falou ao TechRadar sobre a importância do iPhone e confessou que a genialidade de Jobs é “a sua habilidade em usar a tecnologia para criar produtos que definem mudanças fundamentais na cultura.”
“O lançamento do iPhone provavelmente é muito mais importante do que o lançamento do Apple II ou do primeiro Mac”, foi o que disse, referindo-se à importância do celular da Apple como um dispositivo na história da computação pessoal. “O Mac definiu ‘tecnologia pessoal’, enquanto o iPhone define atualmente a ‘tecnologia íntima’, como uma convergência entre comunicações, conteúdo e localização”.
Sculley acredita que o iPhone continuará sendo a plataforma móvel de destaque no mercado pelos próximos cinco anos. “Dispositivos móveis interessantes vêm e vão; a metodologia criativa de Jobs não mudou desde que trabalhamos juntos, há 25 anos. Ela continua focada em experiência e belo design sem nenhum comprometimento”.
Segundo ele, a Apple deve manter a estratégia atual para seu celular, a fim de continuar como o principal destaque em tecnologia móvel. Acredita, ainda, que a App Store é o ponto mais importante no seu modelo de negócio. Contudo, a sua opinião sobre o ponto negativo do iPhone é um tanto estranha: “Para mim, o que falta no iPhone é um teclado físico”, afirmou.
Quando questionado se o Newton teria se tornado o iPhone caso não tivesse sido descontinuado, Sculley disse: “Nós tivemos a idéia certa, mas na época não tínhamos o talento de Steve Jobs para criar um produto capaz de definir tendências”. No fim das contas, a sua opinião sobre sobre o fracasso do primeiro PDA da Apple é que ele surgiu na época errada — o mesmo que pensa boa parte das pessoas que conhecem a sua história.