O melhor pedaço da Maçã.

Walt Mossberg classifica Siri como “burra”, “limitada” e atrás da concorrência

Voltemos por um instante a outubro de 2011, quando a Apple anunciou, na keynote mais cabisbaixa da história (e não é para menos, já que naquele instante Steve Jobs estava muito debilitado), o iPhone 4s e a Siri como uma das suas principais novidades. Naquele momento, a Apple tinha toda a vantagem do pioneirismo: nenhuma das suas concorrentes tinha nada parecido em termos de assistentes virtuais e parecia que a Maçã ia largar com uma boa frente para consolidar a liderança no segmento.

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Recurso "E aí Siri" no iPhone SEHoje, cinco anos depois, vemos que realmente não foi o caso. Tecnologias da Microsoft, do Google, da Amazon e de outras empresas do ramo superaram a Apple e a sua Siri — que, mesmo tentando adicionar novos recursos e começando a aceitar aplicações de terceiros, está ainda atrás de concorrentes como o Google Assistant e a Cortana.

Como prova deste cenário nada favorável para a Apple, o colunista do The Verge — e uma das vozes mais influentes do mundo tecnológico — Walt Mossberg publicou ontem um artigo criticando duramente a Siri e os esforços da Apple na área da assistente virtual.

Mossberg começou listando uma série de perguntas básicas, como “Quando é o próximo debate presidencial?”, que a assistente da Maçã não conseguiu responder enquanto as suas concorrentes comportaram-se como deveriam. Ele, então, ponderou sobre como a Apple está atrás no ramo e provavelmente não vai conseguir se recuperar para a grande batalha das inteligências artificiais — que certamente será a próxima grande coisa do mundo da tecnologia — se não se mexer urgentemente.

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[…] Mas, na sua encarnação atual, a Siri é muito limitada e não confiável para ser uma arma efetiva da Apple na vindoura guerra das inteligências artificiais. E parece estar estagnada. A Apple não se tornou grande simplesmente seguindo os dados do que os consumidores estavam fazendo; ela se tornou grande surpreendendo os consumidores com feitos que eles não esperavam. A revolução da IA vai demandar ainda mais disso.

O colunista não falou nada sobre as novas integrações da Siri com serviços de terceiros, mas o seu texto tem fundamentos. E como. E olha que ele está falando de uma interação em inglês, a língua nativa da assistente — se nós, lusófonos, fôssemos falar das nossas experiências negativas com o serviço, certamente teríamos que escrever um romance em seis volumes, no mínimo.

De fato, está mais do que na hora da Apple se mexer efetivamente para ter uma posição de destaque nessa batalha.

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