Insatisfeito com a constante presença de links para a Wikipedia no resultado de certas buscas, Jorge Cauz — CEO da Britannica —, ataca o algoritmo do Google e promove mudanças no baluarte das enciclopédias, para competir com o projeto do Jimmy Wales.
A partir de agora, entre outras modificações, é permitido aos usuários editar, enriquecer e contribuir na versão online da enciclopédia. Contribuições significativas podem até figurar em futuras versões impressas.
Jorge Cauz declarou: “O que estamos tentando fazer é mudar […] para um formato que permita uma ação mais proativa do leitor, no qual ele aprende não somente lendo, mas também contribuindo com o artigo e, mais importante, criando o seu próprio conteúdo.”
Embora torná-la editável pelos leitores vá criar um maior interesse em torno do site, a nova iniciativa não irá abrir mão dos quase 4.500 especialistas que mantêm o conteúdo atualizado. A Britannica é extremamente usada no ambiente acadêmico, com acesso constante das principais universidades do mundo e não deseja perder esse status.
Jorge Cuaz atacou também a popularidade da concorrente no Google — a Britannica.com tem uma média de 1,5 milhão de visitas por dia contra 6 milhões da Wikipedia —, mas ignorou que a principal razão disso é a necessidade de uma conta para acessar o conteúdo.
Falando nisso, segundo um artigo publicado pela revista Nature — respeitada publicação científica —, as duas enciclopédias possuem material de relevância similar em seus sites. Porém, falta à Britannica.com a mesma agilidade da rival, que consegue aprovar 150 mil novos artigos diariamente.
Apesar de tudo, estas são mudanças significativas para quem tem 241 anos, não?!
[Via: Times Online.]