A Apple retirou recentemente cláusulas contratuais que impediam funcionários de falar sobre abusos, mas engana-se quem acha que as dores de cabeça da Maçã envolvendo questões sexistas chegaram ao fim. Agora, de acordo com a Bloomberg, é uma ex-advogada da empresa que a está processando por discriminação.
Jayna Richardson Whitt, que já trabalhou como diretora no setor de patentes da empresa, alega que sofreu retaliação após seu “status de vítima de abuso doméstico” se tornar público na Maçã, que teria recusado promovê-la para cargos de nível superior e suprimido seu crescimento profissional.
O abusador teria sido um colega de trabalho com quem ela se envolveu romanticamente e foi se revelando abusivo e violento com o tempo. Além de barrar a promoção da funcionária, a empresa teria se negado a proteger as contas digitais da vítima após o iPhone dela ser violado pelo agressor.
Para provar a discriminação sofrida, a mulher usou como exemplo o episódio em que a Apple desembolsou mais de US$630 mil para proteger o CEO1Chief executive officer, ou diretor executivo. Tim Cook da perseguição de uma mulher. Whitt, por sua vez, teria sido “forçada” a proteger seus dispositivos e contas sozinhas, sem qualquer ajuda do departamento de segurança global da Maçã.
De ascendência asiática, ela acredita que a Maçã a deixou desprotegida mesmo após ela compartilhar o vídeo de um “colega branco apontando uma arma para a sua cabeça” com evidências de “ameaças de morte e terror”.
Whitt escreveu sobre os abusos em um artigo em agosto, o que teria levado a Apple a investigar a sua conduta e a demiti-la em julho por permitir que um relacionamento pessoal interferisse em seu trabalho, não proteger adequadamente seus dispositivos/contas e não ser profissional durante a investigação.
Agora, com o processo, ela busca uma compensação tanto pelas perdas econômicas sofridas quanto pelo dano emocional causado.
via AppleInsider
Notas de rodapé
- 1Chief executive officer, ou diretor executivo.
