A Apple é uma empresa bastante fechada e a App Store é o melhor exemplo disso. Na loja, a empresa faz o máximo para proteger o ambiente de assuntos polêmicos (como jogatina e pornografia) e, obviamente, proíbe qualquer conteúdo racista, difamatórios e outros do gênero.
Pois o Apple Music deveria ser um lugar parecido, não é mesmo? Bem, uma investigação da BBC mostrou que não é bem assim.
Para sermos bastante justos, a Apple não está sozinha nessa. O veículo inglês pesquisou e encontrou conteúdo racista em quatro grandes serviços de streaming de músicas (Apple Music, Spotify, YouTube e Deezer), incluindo músicas glorificando a “raça ariana”, bandas celebrando o Holocausto, playlists com o título National Socialist Black Metal (gênero ligado ao nazismo), grupos associados a organizações classificadas como de ódio, entre outras coisas. A maioria delas, inclusive, estavam no Spotify.
Um trecho de um discurso de Hitler clama por “arianos” para fazer um novo começo, e referências ao poder branco foram encontradas em canções nos principais serviços de streaming de música.
A BBC entrou em contato com todas essas empresas. Confira, abaixo, as repostas:
Apple
A empresa disse que escondeu a maioria das faixas destacadas, enquanto o restante ainda está sob investigação. Ela também afirmou que tem fortes diretrizes editoriais as quais proíbem distribuidores e proprietários de direitos de enviar conteúdos como esses.
Spotify
O serviço sueco disse que proíbe conteúdo o qual defenda ou incite ódio/violência contra grupos ou indivíduos com base em características (raça, religião, identidade de gênero, sexo, etnia, nacionalidade, orientação sexual, condição de veterano ou deficiência) e que está continuamente desenvolvendo, melhorando e implementando tecnologias de monitoramento para identificar conteúdos que violem suas políticas — incluindo, mas não se limitando a, conteúdo sinalizado como odiosos.
YouTube
O braço de vídeos do Google afirmou que trabalha para desenvolver diretrizes responsáveis a fim de definir e deixar claro qual conteúdo é inaceitável ou quando a expressão artística ultrapassa os limites de segurança.
Eles afirmaram ainda que, quando o conteúdo é sinalizado por eles, trabalham rapidamente para remover vídeos que violam suas políticas e que estão empenhados em continuar trabalhando nessa questão para garantir que o YouTube não seja um lugar para aqueles que querem causar danos.
Deezer
Por fim, o Deezer disse que não tolera ódio ou discriminação e tem um processo em vigor para lidar com essas questões.
É óbvio que não é uma tarefa simples, mesmo usando e abusando de ferramentas automatizadas, monitorar um catálogo com milhões e milhões de músicas, artistas, etc. Ainda assim, a BBC comentou que encontrou tais conteúdos de forma muito fácil, sem necessariamente precisar procurar muito.
Que fase estamos vivendo, hein… 😢
via AppleInsider