Todo mundo sabe que a AT&T possui um acordo de exclusividade com a Apple para as vendas do iPhone nos Estados Unidos que durará até 2010. Especulações sobre qual passo a empresa de Cupertino tomará aparecem toda hora, dentre eles um possível rompimento da exclusividade com a AT&T e a adoção da Verizon Wireless como uma segunda distribuidora de seu aparelho.
Segundo uma análise divulgada pela Bernstein Research, um acordo com a Verizon permitiria à Maçã um acréscimo de 100% nas vendas do iPhone, mas também representaria uma perda de receita de aproximadamente de US$200 em cada unidade vendida. E a grande pergunta que eles deixam no ar foi: “A Apple permitirá uma queda em suas margens para incrementar drasticamente a venda de aparelhos?”
A análise afirma que, para a AT&T, o iPhone é uma plataforma para a conquista de novos consumidores e também uma forma para retê-los em sua base de clientes. Com o fim da exclusividade, a AT&T não conseguiria cobrar o mesmo valor pelo iPhone e acabaria reduzindo o preço pago como subsídio.
Com a Verizon, a Apple conseguiria aumentar significativamente o seu mercado. A base de clientes da operadora é de aproximadamente 87 milhões de usuários, todos possíveis novos compradores, sem falar que a sua cobertura é nacional. Já na AT&T, mais de 10% de seus clientes pós-pagos já são donos do smartphone da Maçã — praticamente todas as suas novas vendas serão baseadas na reposição de aparelhos, o que forçará o lançamentos de novos modelos.
A Bernstein Research conclui que, eventualmente, a Apple abandonará o acordo de exclusividade com a AT&T para maximizar o seu mercado, mas indica que tudo dependerá dos acordos de subsídio que ela conseguir firmar com as operadoras. Ações com sua atual parceira poderão ser fechadas para aumentar o market share sem eliminar o acordo de exclusividade.
Segundo eles, uma primeira opção seria a introdução de um modelo mais barato do iPhone. A operadora também poderá oferecer maiores descontos no aparelho ou reduzir mais os seus planos. E, por fim, o lançamento de um dispositivo como a tão aguardada Mac tablet manteria o diferencial da exclusividade.