Novas informações da firma de pesquisas Canalys dão conta de que o mercado mundial de PCs já estaria dando sinais de recuperação. Após dois trimestres seguidos com quedas de 30% nas vendas, o setor fechou o segundo trimestre de 2023 com uma queda bem menor, de 11,5% na comparação ano a ano.
Ainda segundo os dados, cerca de 62,1 milhões de PCs foram vendidos nesse período, o que inclui notebooks e desktops. Quando comparamos ao trimestre anterior, temos um aumento de 11,9% nas vendas — detalhe que pode ser interpretado como um sinal de uma rápida recuperação para o setor no segundo trimestre de 2023.
Os notebooks correspondem pela maioria esmagadora dos PCs vendidos, tendo fechado o trimestre com 49,4 milhões de dispositivos — uma queda de 9,3% em comparação ao mesmo período do ano passado. Desktops foram responsáveis por uma margem bem menor das vendas, com 12,6 milhões de unidades entregues — uma queda de 19,3% em relação ao segundo trimestre de 2022.
Em se tratando dos números de cada fabricante, a Lenovo segue firme e forte como a líder do mercado, com um market share de 22,9% — embora tenha sofrido uma queda sensível de 18,1% na comparação ano a ano. A HP vem logo atrás, com 21,6% (-0,4%), e a Dell um pouco mais distante, com 16,6% (-21,9%).
A Apple, por sua vez, foi a única fabricante no Top 5 a apresentar um resultado positivo — efeito do lançamento do MacBook Air de 15 polegadas. De acordo com a Canalys, a gigante de Cupertino fechou o segundo trimestre com um crescimento de 50,9% na comparação ano a ano, o que aumentou o seu market share para exatos 11%. A Acer, por fim, aparece em quinto lugar com um 6,4% do mercado (-21,6%).
Outra firma que também divulgou seu dados sobre a performance do mercado de PCs no segundo trimestre de 2023 foi a IDC, que também deu um destaque especial à Apple. De acordo com a firma, o mercado global de PCs se retraiu 13,4% na comparação ano a ano, o que marcou o sexto trimestre consecutivo de queda.
Mais uma vez, a Apple a única companhia a conseguir fechar o período com um resultado positivo, aparecendo com um crescimento anual de 10,3%. Essa performance fez o market share da empresa aumentar de 6,8% para 8,6% — o suficiente para garantir o quarto lugar da lista.
Segundo a IDC, essa melhora na performance da Maçã tem a ver com os problemas na cadeia de fornecimento causados pela pandemia da COVID-19, os quais impactaram fortemente as vendas da empresa no ano passado. A Apple, vale notar, havia fechado o último trimestre com uma queda de 40% na comparação ano a ano.
