O melhor pedaço da Maçã.

Phil Schiller detalha em entrevista novidades da App Store, como buscas patrocinadas e novas opções de assinatura

Em uma rara entrevista pré-WWDC ao The Verge, o vice-presidente sênior de marketing mundial da Apple, Phil Schiller, detalhou uma série de mudanças que chegarão à App Store nos próximos tempos.

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Schiller, como é sabido, assumiu o comando da loja de aplicativos da Maçã no ano passado e já promoveu algumas mudanças por lá desde então — a principal delas, inclusive comentada pelo próprio na entrevista, diminuiu o tempo de aprovação de novos apps ou atualizações para 24 horas em 50% dos aplicativos, e 48 horas em 90% deles.

A primeira grande mudança anunciada por Schiller tem a ver com assinaturas. A Apple acredita que este é o modelo de comércio de aplicativos do futuro e, desta forma, está mudando profundamente e anunciando uma miríade de novas opções neste campo, a fim de conceder aos desenvolvedores uma maior flexibilidade na hora de oferecer seus serviços aos usuários.

As novidades incluem, por exemplo, a possibilidade de oferecer pacotes de assinatura para vários aplicativos de um mesmo desenvolvedor, bem como a opção de mudar o preço das assinaturas a qualquer tempo — o que sempre envia uma notificação ao usuário, solicitando uma autorização para a nova cobrança — e cobrar diferentes valores por território. São, no total, mais de 200 opções diferentes de esquemas de preço, para que os desenvolvedores escolham a mais apropriada para cada caso.

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Outra mudança importante é o esquema de repasses para a Apple. Hoje, ele é igual ao lucro obtido pela venda avulsa de aplicativos — 70% para o desenvolvedor, 30% para a Maçã. Sob as novas regras, o lucro proveniente de assinaturas de mais de um ano passará a ser de 85-15. Com isso, a Apple pretende incentivar que mais apps usem o serviço de assinaturas, não só periódicos e publicações — não sabemos, entretanto, se figurões como o Spotify mudarão de ideia sobre a percebida “gana” extrema de Cupertino.

Anúncios em buscas da App Store

A outra grande novidade comentada por Schiller confirma um rumor ventilado já há algum tempo: a introdução de buscas patrocinadas na App Store. Segundo o executivo, os anúncios seguirão uma série de regras rígidas — presumivelmente para que a loja não vire um chuveiro de spam. Primeiramente, apenas um anúncio será exibido por busca, no topo da tela e marcado explicitamente como tal. Seu conteúdo será exatamente igual ao da página do app, e, obviamente, apenas aplicativos já disponíveis na App Store poderão anunciar.

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Um aspecto enfatizado com vigor por Schiller tem a ver com a privacidade do usuário. A Apple não os rastreará e não compartilhará dados sobre cliques em anúncios com os desenvolvedores — estes receberão apenas relatórios gerais, sem dados dos clientes. Anúncios não serão exibidos para menores de 13 anos quando for possível detectar que o usuário está abaixo desta idade, pelas informações da conta da Apple, por exemplo.

Os anúncios serão vendidos em esquemas de leilão, sem um preço mínimo e sem exclusividades. A Apple diz estar focada em garantir a justiça máxima para que todos os desenvolvedores, grandes e pequenos, possam anunciar nas buscas, e espera que essas medidas contribuam para esta acessibilidade geral ao recurso.

A fase beta das buscas patrocinadas começará já no verão do hemisfério norte (nosso inverno) — ou seja, logo, logo. Neste período, os desenvolvedores podem se inscrever para participar do programa gratuitamente. Depois, os anúncios serão lançados definitivamente primeiro nos Estados Unidos.

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Outras mudanças pontuais na App Store também foram anunciadas por Schiller, como a volta da aba “Categorias”. Na aba “Destaques”, a loja agora filtrará os aplicativos já instalados no aparelho para não exibi-los — um comportamento que já está sendo observado no tvOS. A Maçã também está dando uma renovada atenção ao ato de compartilhar aplicativos com o círculo de amizades do usuário: cada app terá agora um botão “Compartilhar” no menu do 3D Touch na Tela de Início.

As mudanças já foram detalhadas num anúncio oficial da Apple e em duas páginas no site da Maçã (Assinaturas, Buscas). Elas são, obviamente, muito bem-vindas e sinalizam que a Maçã está mais focada que nunca em sua revolucionária loja de aplicativos, mas, em curto prazo, nos dá um sinal ainda mais animador: que a WWDC 2016 está tão cheia que não haveria tempo hábil para focar-se muito nestes detalhes — o próprio Schiller confirmou isso em outra entrevista sobre o assunto (por telefone!) a John Gruber. O que segunda-feira nos reserva, então? Aguardemos. 😀

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