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Review: mouse Logitech M720 Triathlon, uma grata surpresa

Mouse Logitech M720 Triathlon

Recentemente, quando cobri aqui no site o lançamento dos mice MX Master 2S e MX Anywhere 2S, citei que estava testando um M720 Triathlon, também da Logitech, depois que o meu terceiro(!) MX Master quebrou.

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Aqui está o meu veredito completo sobre ele, e já lhes adianto: tive uma grata surpresa com este mouse.

Mouse Logitech M720 Triathlon

Como citei acima, não tive lá um bom histórico com o MX Master. É o melhor mouse que já usei, mas deixa muito a desejar em resistência/durabilidade. Portanto, em vez de pegar outro igual, resolvi experimentar um diferente da própria Logitech enquanto não ponho as mãos no MX Master 2S.

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Eu não sabia da existência do M720 Triathlon até fazer essa pesquisa por modelos alternativos e acho estranho ele ser tão pouco falado por aí porque, grosso modo, é um MX Master um pouquinho mais básico e com um preço bem mais em conta. Já me adaptei muito bem aqui e são poucas, as coisas que sinto falta do MX Master.

O design do M720 Triathlon não é tão bonito e bem acabado como o do MX Master; basta pegar nele para perceber que não é um modelo tão premium (o que é uma ironia pro MX Master, dada a má experiência que tive com a sua construção). Mas o formato ergonômico lembra muito, o que ajudou na minha adaptação. Não gosto, particularmente, de mice muito pequenos e “baixinhos”.

Mouse Logitech M720 Triathlon

Algo que prezo muito nos mice que uso são botões de atalhos para funções diversas, e escolhi o M720 Triathlon justamente porque vi que ele tinha, além dos botões esquerdo e direito tradicionais, uma rodinha que também serve de botão, um botão abaixo da rodinha e mais dois laterais — além do que serve para fazer a troca multidispositivos. Mas me surpreendi quando descobri, já com ele em mãos, que a superfície esquerda também funciona como um botão escondido (e é bem parecida com a do MX Master, por sinal).

Aqui no meu setup, eu configurei para que o botão da rodinha chame o Mission Control, os dois laterais sirvam para trocar entre abas no navegador, e o botão “escondido” lateral me mostre a minha Mesa (Desktop). A má notícia é que o botão abaixo da rodinha não pode ser mapeado pelo software Logitech Options; ele serve apenas para fazer a troca do modo de rolagem. O botão de troca de dispositivo também não, mas esse é mais esperado.

Logitech Options no macOS

O “Triathlon” no nome do produto é justamente referente a esse botão de troca multidispositivos. Este mouse é feito para quem quer usá-lo, digamos, com três computadores diferentes. Não é o meu caso aqui, então eu simplesmente emparelhei o MacBook Pro na posição 1 e ignoro as outras duas. No MX Master, esse botão fica na parte inferior do mouse — o que faz mais sentido para mim.

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Outro diferencial do MX Master é que a rodinha pode ser configurada para alternar automaticamente entre o modo normal (você vai “sentindo” cada passo da rolagem) e o livre (para rolagens super-rápidas). No M720 Triathlon ambos os modos estão presentes, mas você precisa usar o tal botãozinho abaixo da rodinha para alternar entre eles.

No caso do M720 Triathlon, a própria rodinha principal pode ser inclinada para a esquerda ou para a direita, para a rolagem horizontal. No MX Master isso não ocorre pois temos uma segunda rodinha na posição do polegar destinada à rolagem horizontal — bem melhor, por sinal, mas felizmente não é toda hora que eu preciso rolar algo horizontalmente.

O M720 Triathlon não conta com a tecnologia Darkfield do MX Master, mas seu laser (de 1.000 DPIs) funciona razoavelmente bem — inclusive em superfícies de vidro. Nada do que me queixar, aqui.

Ao contrário do MX Master, o M720 Triathlon não conta com uma bateria embutida; ele funciona com uma única pilha AA (e já vem com uma pré-instalada). Há quem prefira o benefício de poder trocar a pilha imediatamente quando uma acabar e continuar usando o mouse sem precisar recarregá-lo, mas eu gosto de não ter a preocupação de ter uma pilha reserva a todo momento. Por outro lado, a Logitech promete 24 meses (sim, 2 anos!) de autonomia com uma pilha. Se o meu durar metade disso, já estarei de queixo caído.

Ah, sim: tal como o MX Master, o M720 Triathlon é totalmente sem fio e pode ser usado tanto via Bluetooth quanto pelo seu receptor Unifying RF de 2,4GHz — que fica num espaço dedicado próprio dentro do compartimento da pilha, coisa que o “irmão mais caro” não tem. Ponto pro M720 Triathlon, até porque eu não costumo usar esse receptor USB.

A conexão Bluetooth do mouse é maravilhosa… quando funciona bem. Pois é: o M720 Triathlon tem tantos problemas de conectividade Bluetooth quanto o MX Master. Alguns a Logitech vai melhorando com updates de software, outros são afetados pelas atualizações do próprio macOS. Mas não tem jeito: desde o primeiro mouse Bluetooth da fabricante, eu tenho probleminhas aqui e ali. Quando não é o mouse perdendo conexão como um todo, é algo causando uma baita interferência no uso. Não posso nem cogitar conectar meus AirPods ao MacBook Pro e usar o mouse ao mesmo tempo, por exemplo. Isso é péssimo.

YouTube video

Vale notar que o M720 Triathlon é um dos poucos modelos de mice da Logitech que já conta com a sua tecnologia Flow integrada ao software Logitech Options, a qual permite a transferência de arquivos entre múltiplos computadores. Porém, de novo, como eu só uso ele com meu MacBook Pro, não é uma funcionalidade que eu posso testar aqui.

Outra boa notícia é que o Logitech M720 Triathlon pode ser encontrado mais facilmente à venda no Brasil do que o MX Master. Nos Estados Unidos ele sai por US$40-50; aqui, pode ser encontrado em torno de R$200-250. Vale o investimento.

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