Likes, curtidas… seja lá qual for o nome e o ícone representativo, essa é uma das interações mais utilizadas atualmente por serviços online. Você vai lá, curte a notícia/imagem/música e, na teoria, os algoritmos do serviço em questão passam a lhe mostrar mais conteúdo “parecido” com aquele de que você gostou. No Apple Music tudo é um pouco diferente.
Jim Dalrymple (do The Loop, que tem bastante acesso a executivos da Apple) conversou com pessoas ligadas ao novo serviço musical da empresa a fim de saber mais sobre como é o comportamento do like nele.
Imagine que você está escutando uma rádio de rock e de repente começa a tocar uma música que você acha muito boa, porém considera-a de outro gênero (como alternativa, por exemplo). Se você curtir, será que virão mais músicas desse gênero numa rádio que supostamente era para tocar rock? E se você ignorar e não curtir a música, será que ela não vai mais ser tocada, quem sabe nem mesmo na rádio alternativa? Não curtir a música seria equivalente a avisar ao sistema que você não gosta dela?
As rádios da Apple funcionam de forma diferente das de outros serviços. De acordo com a empresa, tudo é feito e selecionado manualmente por pessoas para que a sequência fique bastante agradável — a famosa curadoria humana. Tudo isso para que você não precise “pular” as músicas. Então, se você curtir (tocar no coração) enquanto uma determinada música está tocando, sabe o que acontece? Nada. 😛
Na verdade acontece, mas não nas estações de rádio. Curtir uma determinada música não fará com que ela — ou faixas parecidas — sejam reproduzidas mais vezes. A rádio continuará exatamente com a mesma programação independentemente da sua curtida já que tudo é feito/selecionado por pessoas, e não por algoritmos.
A sua interação com as curtidas e os algoritmos da Maçã entram em ação na aba “Para Você”, onde a empresa recomenda playlists, álbuns e músicas adaptadas ao seu gosto — levando em consideração não apenas as músicas que você curte nas rádios como as que você adiciona à sua biblioteca e as que reproduz por completo.
Se você gosta de uma música mas não está a fim de escutá-la naquele momento, não precisa se preocupar: pode pulá-la numa boa que isso não é levado em consideração. Conforme Dalrymple explicou, há diversos motivos que podem fazer uma pessoa pular uma música além de não gostar dela, e por isso essa ação não é interpretada como algo negativo.
Percebeu que agora estamos falando de recursos os quais são comandados pelos algoritmos do Apple Music, certo? E a coisa continua: se você gosta muito de um(a) artista/banda ou música e quer criar uma estação com base nele(a), basta tocar e segurar o álbum/música por alguns segundos e escolher a opção “Iniciar Emissora”. Aí, em vez de um coração, teremos uma estrela — ela, sim, influencia na dinâmica da estação. Ao marcar uma música com uma estrela, você automaticamente informa que quer escutar mais músicas como ela.
Boas dicas, não é mesmo? 😉