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Relatório de grupo asiático indica que condições de trabalho na Foxconn continuam as mesmas

Tim Cook em visita à Foxconn

Mais uma vez Apple e Foxconn são criticadas pelas condições de trabalho, na China. Para quem não lembra/sabe, ambas foram duramente criticadas [1, 2] por veículos como CNN e NYTimes. Em “resposta”, a Apple fechou uma parceria com a Fair Labor Association, a qual já realizou ao menos uma auditoria na Foxconn, elaborando um extenso relatório apontando erros que podem ser corrigidos pelas empresas.

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A Maçã vem lutando para diminuir as horas extras e, de acordo com Terry Gou, presidente da Foxconn, ajudará no investimento para implementar as melhorias sugeridas pela FLA — a Foxconn ainda afirmou que dobrará o salário de seus empregados até o fim de 2013.

Tim Cook em visita à Foxconn

Contudo, segundo um relatório da SACOM (Student & Scholars Against Corporate Misbehaviour, algo como Estudantes e Acadêmicos Contra o Abuso em Empresas) — no qual 170 empregados da Foxconn foram entrevistados —, pouquíssima coisa mudou desde a auditoria da FLA; isso inclui metas de produção elevadas, tratamento desumano, sinais de cortes salariais globais, manipulação nos números de acidentados, etc.

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Conforme informou a Reuters, a Foxconn já respondeu à acusação: “O bem-estar dos nossos colaboradores é sem dúvida a nossa principal prioridade, e estamos trabalhando duro para dar aos nossos mais de 1 milhão de empregagos na China um ambiente de trabalho seguro e positivo.” Já a Apple, através da porta-voz Carolyn Wu, disse que cobra condições de trabalho seguras e ​​processos de fabricação amigáveis ao ambiente em qualquer fabricação de produtos Apple: “Nossos fornecedores devem obeceder esses requisitos, se eles quiserem continuar fazendo negócios com a Apple.”

Geoffrey Crothall, da China Labour Bulletin (outro grupo que monitora as condições de trabalho no país), afirmou que até o momento nenhum trabalho de verdade foi feito, a não ser declarações para a imprensa.

A verdade é que não é fácil mudar a cultura de uma empresa. Ao que tudo indica — e apesar de ser acima da média chinesa —, tais condições de trabalho nunca foram prioridade para a Foxconn; passaram a ser, recentemente. E se você acha que estou defendendo a Apple, sugiro a leitura do artigo de Tim Worstall, da Forbes — ele pontua muito bem os problemas constatados pelo SACOM, comparando os números inclusive com Estados Unidos e Brasil.

[via GigaOM]

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