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Apple TV+: “Black Bird”, um crime real contado com talento, surpresas e muito tato

Autor(a) convidado(a)

Vinícius Resende

Ex-flamingo da Miami Ad School e pós-graduando em Branding pela ESPM, Vinícius se deparou com a Maçã pela primeira vez em 2009. Desde então, a admiração desse paulistano pela marca segue crescendo — às vezes passa um Pano de Polimento de R$200 quando a Apple dá suas escorregadas. Já um verdadeiro apaixonado pelo mercado do entretenimento, paga sua assinatura da Apple TV+ com muito orgulho.

No início de cada um dos seis episódios de “Black Bird”, você verá a mensagem “Inspirado em uma história real”. Um lembrete de que, infelizmente, a quantidade de crimes brutais que ainda assolam o mundo é impressionante e que, partindo disso, uma coisa é certa: sempre haverá alguém disposto a contar suas histórias. Um exemplo recente é o documentário que a HBO Max produziu sobre o triste assassinato da atriz Daniella Perez.

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Mas em relação à história que serviu de base para essa minissérie do Apple TV+, fiquei muito feliz por ela ter sido contada por todos os talentos envolvidos na frente e por trás das câmeras, responsáveis por desenvolver algo além de uma atmosfera de puro suspense — você percebe cuidado e respeito na abordagem de todo o contexto criminal.

Acredito que parte do resultado positivo se deve à pessoa que contou a história primeiro, James Keene. Na sua autobiografia, publicada em 2010, ele conta que quando foi sentenciado a dez anos de prisão, recebeu uma oferta tentadora e de alto risco do FBI: sua liberdade em troca de conseguir uma confissão do suposto serial killer Larry Hall, detento em uma prisão de segurança máxima. Esse conto do “Esquadrão Suicida” de um só homem passou das páginas para a tela sem deixar um pingo de tensão para trás.

Finalmente o Apple TV+ começou a explorar melhor o aspecto provocativo nas suas produções. Aqui, nós somos fisgados desde o primeiro episódio, um feito que nem mesmo a série de maior sucesso e reconhecimento do serviço, “Severance”, conseguiu fazer. Embora brilhante em todos os sentidos, “Ruptura” (como é chamada no Brasil) não convenceu todo mundo em suas primeiras semanas. No caso de “Black Bird”, eu acabei esperando o lançamento do último episódio pra começar minha maratona, mas posso imaginar a ansiedade de quem acompanhou tudo de sexta-feira em sexta-feira.

Ao desenrolar da trama, você não fica só ansioso pelo episódio seguinte: fica ansioso por cada próxima cena! Isso também é mérito da “falta de ganância” do showrunner Dennis Lehane, digamos assim. Ele poderia enrolar um pouco mais aqui e ali, estender a série por mais algumas semanas… mas não, “Black Bird” condensa uma série de fatos em aproximadamente seis horas muito bem aproveitadas, mantendo um ritmo crescente e entregando performances muito poderosas, de fazerem você esquecer de piscar.

Eu já era familiarizado com o carisma de Taron Egerton, mas o que dizer da atuação dele como James Keene? Ele serve o espectador! A jornada do anti-herói apresentada na série é conduzida por cenas que exigem vulnerabilidade, medo, vulgaridade, raiva, sagacidade, falta de esperança… a versatilidade impressionante de Egerton domina e foi simplesmente o match perfeito! Ao passo que o personagem amadurecia, eu amadurecia minha admiração e respeito pelo ator. Sinceramente, não vejo a hora de acompanhar o que vem a seguir na carreira dele.

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Paul Walter Hauser, que interpreta Larry Hall, também foi uma revelação incrível. Até então eu só me lembrava de tê-lo visto em “Cruella”, da Disney, e jamais pensei em reencontrá-lo tão cedo e tão diferente. Hauser incorpora a insanidade do assassino com um talento supremo. Quando aparece em cena, você não sabe o que esperar, independentemente do tipo de cena. Seja ele tomando café ou dentro de um carro, o ator deixa claro só pelo olhar que o personagem é perverso, que algo está errado e que o pior sempre está por vir. Foi realmente um grande feito.

A verdade é que todo o elenco está magnífico! Temos detetives, delegados, crianças, detentos, guardas e outros personagens agregando à trama e tendo sua vez no holofote — por menor que esse tempo seja.

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Além do roteiro, que tem um material-base muito bom, das atuações fenomenais e da direção indiscutível, a trilha sonora composta por Mogwai é outro acerto em cheio que também colabora para a experiência cinematográfica proposta nessa produção. Pode até parecer um elemento imperceptível pra muitos, mas já que os instrumentais me deixaram lacrimejando no penúltimo episódio, acredito que vale a menção como um aspecto relevante na ambientação de “Black Bird”.

É uma trilha muito dinâmica e que valoriza demais todos os momentos de suspeita, decisão, apresentação, redenção, solidão… realmente lhe colocam no centro do que quer que esteja acontecendo, especialmente, como mencionei, no episódio “O lugar onde eu jazo”, que é o mais emocionante de todos, ainda mais quando nos lembramos que estamos falando de uma obra que, infelizmente, não é puramente fictícia.

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Costumo acompanhar os filmes e as séries desse gênero, e “Black Bird” entrou para a lista de favoritos, sem dúvidas. Ele entrega um começo, meio e fim coeso e muito satisfatório, com uma dupla de protagonistas improváveis e hipnotizantes, além do tom carregado de suspense que vai lhe colocar numa corrida contra o relógio para assistir tudo o mais rápido possível. Essa minissérie da Apple TV+ é um must-watch do catálogo!

O Apple TV+ está disponível no app Apple TV em mais de 100 países e regiões, seja em iPhones, iPads, Apple TVs, Macs, smart TVs ou online — além também estar em aparelhos como Roku, Amazon Fire TV, Chromecast com Google TV, consoles PlayStation e Xbox. O serviço custa R$21,90 por mês, com um período de teste gratuito de sete dias. Por tempo limitado, quem comprar e ativar um novo iPhone, iPad, Apple TV, Mac ou iPod touch ganha três meses de Apple TV+. Ele também faz parte do pacote de assinaturas da empresa, o Apple One.


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