Panasonic, Philips e Sony revelaram nesta semana planos de criar uma única firma de licenciamento para discos Blu-ray. A nova companhia, ainda sem nome, facilitará o trabalho de licenciamento da tecnologia — seja para gravadores Blu-ray, tocadores digitais, discos/mídias, etc. — e reduziria o seu custo geral. Ela será liderada por Gerald Rosenthal, ex-chefe de propriedades intelectuais da IBM.
O grupo estima que o custo de uma licença deverá cair “pelo menos” 40%, além de eliminar a necessidade de a fabricante interessada ter que discutir individualmente com as três empresas. A estimativa é que o custo passe a ser de US$9,50 para um dispositivo Blu-ray apenas para leitura e US$14 para um gravador. Os discos somente-leitura custarão US$0,11, enquanto BD-Rs (gravação única) sairão por US$0,12 e BD-REs (gravação e regravação) ficarão por US$0,15.
Todas as empresas declararam que as medidas visam a reforçar o licenciamento do Blu-ray e tomarão “ações especiais” para estimular o licenciamento dela e facilitar a identificação de aparelhos comercializados sem a sua autorização.
A novidade certamente contribuirá para uma popularização do Blu-ray, que, apesar de ter vencido a batalha contra o HD-DVD, ainda não deixou os DVDs para trás, seja em filmes ou em armazenamento de dados para computadores. O preço de aparelhos e de mídias ainda é considerado muito alto quando comparado com o equivalente em DVDs e/ou CDs.
Em outubro passado, Steve Jobs comentou sobre a tecnologia e caracterizou o seu licenciamento como “um saco de pancada”, dando a entender que a Apple não a incorporaria em seus produtos tão cedo — e não o fez mesmo, até hoje. Quem sabe, com os anúncios desta semana, as coisas comecem a mudar.
[Via: Silicon Alley Insider.]