Muitas pessoas criticavam a fixação de Jony Ive e Steve Jobs por aparelhos cada vez mais finos e leves, o que algumas vezes comprometia a usabilidade em favor do design. Bom, eu não era um desses. Sou também aficionado pela portabilidade associada à produtividade. Quanto mais fino e leve o equipamento e que possa oferecer o máximo de funções, mais me interessa.
Nessa busca, usei bastante e ainda uso o iPad Pro, um gadget muito inteligente. Com a chegada do redesenhado MacBook Air de 13 polegadas, no ano passado, o iPad ficou até um pouco ofuscado. Um computador extremamente leve, bonito, compacto e ultra potente com o processador M2, com a vantagem de ter uma tela um pouco maior (meu iPad é o de 11″) e sem as limitações de algumas funcionalidades e softwares típicas do tablet.
Usei um MacBook Pro com chip M1 Max e confesso que não senti grandes diferenças de desempenho no que uso para o trabalho, mesmo para edição de vídeos e softwares estatísticos — com a vantagem de o MBA ser bem mais leve.
Com o lançamento do MacBook Air de 15″, achei que valia a pena o teste, dado a experiência positiva com o 13″. Fiz então o investimento, mas segurei meu 13″ para ter certeza de que não ia me arrepender — qualquer coisa, era só vender o maior. Estou há 40 dias com o novo MacBook e vamos, agora, às minhas impressões.
Portabilidade
Uma de minhas maiores preocupações era justamente o tamanho. Embora estivesse interessado na tela maior, tinha a impressão de que ele se tornaria meio desajeitado para usar e pesado para carregar.
Para a minha agradável surpresa, o MacBook Air de 15″ é muito leve, com uma diferença bem pequena de peso para o de 13″ (1,51kg vs. 1,24kg). Em um primeiro momento, o tamanho estranha um pouco, mas bastam alguns minutos de uso para acostumar.
A diferença de tamanho entre eles também é pequena, o que torna praticamente a mesma experiência para carregar na mochila. Ele é bastante discreto e não dá a impressão de estar usando um trambolho em lugares públicos, como na mesa de um café. Um porém foi para uso em avião: no espaço limitado das poltronas, o tamanho ligeiramente maior fez diferença (para pior), mas nada que inviabilize o uso.
Tela maior
Quem não gosta de mais tela, não é mesmo? É muito bom trabalhar em casa e poder usar dois monitores. Já até pensei em comprar esses monitores portáteis para testar, mas ainda não tive coragem.
A tela de 15″ é realmente muito útil e funcional. Ter mais espaço para trabalhar sem precisar carregar um peso excessivo por isso é realmente muito bom! Não há nenhuma diferença de qualidade na tela em relação ao modelo menor e, para um uso profissional (no dia a dia), está ótimo.
Desempenho, usabilidade e bateria
Em termos de desempenho, as máquinas são idênticas. A mesma configuração e a mesma performance. A bateria do de 15″ é um pouco maior e compensa o consumo da tela maior, o que tecnicamente deixa os dois modelos também empatados nesse item — embora, nos testes que eu fiz, o maior pareceu ter um pouquinho mais de autonomia de bateria, mas pode ser só impressão ou por ele ser mais novo mesmo (bateria ainda em 100% de saúde).
A usabilidade do trackpad maior e o espaço ao redor também ajudam bastante. Parece que a velocidade de digitação e o trabalho melhoram. O espaço a mais na tela também ajuda muito na produtividade, melhorando especialmente em tarefas que exigem uso de diversos aplicativos e softwares simultaneamente.
Conclusão
Sim, a Apple acertou no lançamento de um MacBook Air de 15″. Uma máquina com desempenho tão bom quanto uma com o chip M2 e design tão moderno quanto o do Air merecia uma opção de tela maior e mais interessante para o trabalho.
Um único porém que me preocupa é o calendário de lançamentos da empresa. Será que, como alguns têm ventilado, o lançamento do chip “M3” ocorrerá ainda neste ano, deixando o MacBook Air (M2) de 15 polegadas “obsoleto” em tão poucos meses? Difícil dizer, mas não é uma ideia descartável. Seria bastante ruim para o consumidor ter a sua máquina desatualizada tão cedo, mas a Apple não tem um histórico de se preocupar muito com isso…
De toda forma, vale muito a pena gastar um dinheirinho a mais e ter uma máquina com maior desempenho e usabilidade.
Preço parcelado: a partir de R$10.999,00 em até 12x
Cores: meia-noite, estelar, cinza-espacial ou prateado
Chip: M2 (CPU de 8 núcleos; GPU de 8 ou 10 núcleos) ou M3 (CPU de 8 núcleos; GPU de 8 ou 10 núcleos)
Memória: 8GB, 16GB ou 24GB
Armazenamento: 256GB, 512GB, 1TB ou 2TB
Adaptador de energia: 30W, 35W (duas portas) ou 70W
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