Certamente você já viu Como se Fosse a Primeira Vez (50 First Dates), uma “dramédia” romântica que mostra os desafios na vida de uma moça que esquece dos acontecimentos do dia sempre que dorme. A doença dela não existe, mas há um transtorno bem real que impede a formação de novas memórias: um indivíduo consegue lembrar de coisas que aconteceram no passado, mas ele pode perguntar o nome de um estranho 50 vezes seguidas ao longo de poucas horas — e todas as vezes será como se estivesse vendo a pessoa pela primeira vez.
O YorkRegion.com publicou hoje uma reportagem tocante sobre um grupo de pacientes que encontrou em iGadgets as ferramentas perfeitas para ajudar na retomada de uma vida quase normal. Com acesso rápido e fácil a anotações, listas, vídeos, fotografias e alertas, pessoas que não conseguem lembrar de tarefas banais (ou até mesmo acompanhar o enredo de um filme, pois na metade elas já esqueceram do começo) se tornam capazes de lidar com suas limitações.
David Dorey, por exemplo, não desgruda de seu iPod touch para nada: graças ao gadget, ele pode registrar eventos do dia e receber alertas constantes sobre que atividades já fez e onde está.
Dorey participa do Memory Link, um programa da Baycrest em que pacientes com amnésia são ensinados a operar o iOS e então passam a usá-lo em seu dia-a-dia. Isso só é possível porque o tipo de memória que retém informações sobre tarefas mecânicas (como andar de bicicleta) normalmente não é afetada em distúrbios que impedem a formação ou recuperação de lembranças.
O melhor de tudo é que esses pacientes não se sentem “à parte” por precisarem da ajuda desses aparelhos: em meio a pessoas completamente saudáveis que não param de checar seus smartphones, os pacientes neste experimento não sentem nenhuma vergonha de recorrer sempre a seus iPhones e iPods.
[via TUAW]