A conta do Twitter SecurityLab é bem recente e não tem muitos seguidores, mas tem feito um trabalho muito interessante: periodicamente, ela realiza levantamentos sobre a situação das atualizações de segurança em uma série de segmentos do mundo dos eletrônicos, seja focando em sistemas operacionais ou em hardware dos mais diferentes tipos.
Recentemente, foi publicado por lá um estudo bastante revelador sobre as marcas de smartphones e quais delas têm cumprido melhor sua função de prover os consumidores com atualizações rápidas e protegê-los de quaisquer vulnerabilidades que possam ser descobertas em seus aparelhos, levando em conta também a longevidade dessa cobertura.
A tabela abaixo separa os dados em plataformas (iOS, Windows, PrivatOS e Android) e nas marcas que produzem aparelhos baseados em cada uma delas. Foram levados em conta quatro aspectos primários, subdivididos em algumas categorias:
- Tempo mínimo levado pela fabricante para liberar uma atualização de segurança após a descoberta de uma vulnerabilidade;
- Tempo máximo para disponibilizar essa atualização a todos os dispositivos afetados;
- Se a atualização foi independente de operadoras ou não;
- Por quanto tempo, na média, um dispositivo é suportado pela fabricante após o lançamento.
Os resultados são os que seguem, dispostos em cores de acordo com a eficiência:
Como podemos notar, a Apple é a empresa com os resultados mais positivos, atingindo nível verde (o melhor) em todos os aspectos. A Maçã, de acordo com a pesquisa, libera atualizações para todos os seus dispositivos em dias, no máximo, independentemente das operadoras atreladas a eles; os cinco anos de suporte (em média) oferecidos pela empresa também foram os maiores do segmento, bem como a disponibilidade ampla de atualizações para todos os dispositivos um mês após a sua liberação.
Ironicamente, a única plataforma que conquistou resultados próximos aos da Maçã foi a Windows, que está respirando por aparelhos e pode ser morta a qualquer momento pela Microsoft (no mundo mobile, isto é). O PrivatOS, sistema de nicho criado pela Silent Circle e focado em segurança e privacidade, conquistou resultados medianos, enquanto as únicas fabricantes do Android com índices razoáveis foram a Essential e, compreensivelmente, o próprio Google.
Abaixo disso, todas as marcas ficaram no vermelho, com pontuais tingidas de amarelo aqui e ali. A Samsung foi especialmente criticada por causar atrasos de até mesmo trimestres na disponibilidade global de atualizações de segurança; outras marcas consagradas, como a ASUS e a HTC, perderam muitos pontos por oferecer atualizações de segurança a um determinado aparelho somente até um ano e meio após o seu lançamento.
Ou seja: ao menos em termos de celeridade na proteção dos seus usuários, a Maçã ainda tem uma boa vantagem perante a concorrência. Ao consumidor, resta pôr esse dado na sua balança pessoal quando for decidir por que smartphone comprar.