Não conte com isso. Pelo menos essa é a resposta dada por Peter Kafka, do AllThingsD. A lógica que ele usa para chegar a essa conclusão é bastante sensata: para oferecer um serviço de streaming de músicas, a Apple precisa de acordos com gravadoras, e nenhuma das fontes consultadas por Kafka sabem de qualquer coisa a respeito desse tipo de acordo. A não ser que queira arriscar um fiasco como a integração entre Ping e Facebook ou, pior ainda, uma ida aos tribunais, a Maçã deverá anunciar algo que mantenha músicas e vídeos bem longe das nuvens e perto dos discos rígidos.
Há, porém, uma pequena chance de a Maçã anunciar o serviço, mas só disponibilizar o conteúdo posteriormente — ou, o que é mais provável, esses contratos já estarem todos assinados e com firma reconhecida, guardados debaixo do travesseiro de uma onça esperando pelo momento certo para serem revelados.
Mas nós bem sabemos que jogar segundo as regras não é exatamente o forte da turma de Infinite Loop. Uma maneira de driblar facilmente a necessidade de acordos de distribuição seria oferecer algo no estilo “Salve seus arquivos nos nossos servidores e os acesse de onde bem entender! Até do Safari!” Os arquivos já foram comprados pelos usuários, ninguém processaria a Dropbox só porque alguém salvou uma pasta de músicas e as está ouvindo remotamente… ou processaria? Kafka acredita que sim, e dado o nível de sensatez de gravadoras e afins, eu não duvido de nada.
Em todo caso, o ano está acabando e o data center que a Apple construiu e prometeu colocar em atividade ainda em 2010 está juntando poeira. Como disseram no 9 to 5 Mac, “povo da Carolina do Norte, algumas lâmpadas nas suas casas vão enfraquecer por volta das 10 da manhã”. Só nos resta saber como esse data center vai ser usado.